A XP Investimentos reduziu as projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2022, de alta de 6,1% para 5,6%, e 2023, de 5,3% para 5,2%.
A alteração ocorreu após o recuo além do esperado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) em setembro, que teve deflação de 0,37% – mais intensa do que a mediana negativa de 0,20% das estimativas da pesquisa Projeções Broadcast.
“A divulgação trouxe composição melhor que a esperada, com desaceleração de bens industriais e serviços subjacentes”, afirma a economista Tatiana Nogueira, em relatório. “Esta dinâmica corrobora o cenário mais benigno já capturado nas coletas de alta frequência e preços no atacado, sugerindo que a inflação deve ser menor do que a projetada inicialmente também em outubro e novembro.”
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
As quedas recentes nos preços de combustíveis no mercado internacional também contribuíram para a modificação. “Retiramos o reajuste altista da gasolina que tínhamos no final do ano”, diz Nogueira. A mudança teve impacto negativo de 0,15 ponto porcentual sobre a projeção de IPCA em 2022.
A revisão reduziu ainda a estimativas para alimentação no domicílio (10,5% para 10,1%), bens industriais (9,6% para 9,4%), serviços (9,3% para 8,8%) e administrados (-3,8% para -4,4%) ao fim deste ano.
A mudança na projeção de IPCA 2023 ocorreu, segundo Nogueira, pela inércia menor proveniente de 2022. O cenário considera a reoneração do Pis/Cofins sobre combustíveis, com impacto positivo previsto de 0,50 ponto porcentual.