- A Warren divulgou os resultados de uma pesquisa realizada entre 113 integrantes do mercado financeiro, que dão sinais de como a Faria Lima tem acompanhado a disputa política
- Na visão de 58,4% dos entrevistados, uma vitória do presidente Bolsonaro é o melhor cenário para ativos de risco
As eleições presidenciais tomaram o mercado financeiro. Enquanto o País aguarda o domingo (2) para o primeiro turno da disputa, polarizada principalmente entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro (PL), pesquisas de intenção de voto, debates e planos econômicos orientam não só os votos, mas as estratégias de investimento.
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Nesta quarta-feira (29), a Warren divulgou os resultados de uma pesquisa realizada entre 113 integrantes do mercado financeiro, que dão sinais de como a Faria Lima tem acompanhado a disputa política.
Entre os entrevistados, 54% são traders ou gestores e 23% estrategistas ou economistas.
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A pesquisa da Warren mostrou que, na visão de 58,4% dos entrevistados, uma vitória do presidente Bolsonaro é o melhor cenário para ativos de risco. Outros 25,7% disseram que o desempenho dos investimentos independe do resultado das eleições, enquanto 15,9% acredita que o melhor cenário seria uma vitória do ex-presidente Lula.
Apesar disso, o levantamento da Warren mostra que a expectativa de grande parte dos integrantes do mercado é que o candidato do PT saia na frente no primeiro turno, conforme indicam as pesquisas de intenção de voto divulgadas até aqui. Cerca de 39,6% dos entrevistados acreditam que Lula alcance entre 40% a 45% dos votos, enquanto 32,4% acha que o ex-presidente leva de 45% a 50%. Uma parcela de 8,1% acredita em uma vitória de Lula já no domingo.
No caso de Bolsonaro, quase a maioria (49,6%) acredita que os votos vão ficar entre 35% a 40%.
Mais do que o pleito em si, a grande preocupação quando o assunto é eleições é a definição da equipe econômica (50,4%). Aqui, contamos como o mercado avalia as propostas dos dois candidatos principais relacionadas à economia.
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O reconhecimento e transição de novo governo preocupa 22,1% dos entrevistados, frente a 19,5% que temem a vitória de Lula. Alguns (4,4%) disseram não estar preocupados com as eleições, enquanto 3,5% teme a reeleição do presidente Bolsonaro.
As eleições ficam apenas em terceiro lugar, com 9,7% das respostas, quando o assunto é o principal risco para os ativos locais. Para 43,3% dos entrevistados, o aumento acelerado dos juros globais é a maior ameaça para os investimentos brasileiros, frente a 38,1% que responderam desaceleração da economia global e queda das commodities.
Na visão dos entrevistados, a melhor estratégia do momento ainda é comprar ações (35,4%) e aplicar no DI curto (26,5%). Já na ponta negativa, 29,2% responderam que o pior ativo direcional no Brasil é aplicar no DI longo, mesma porcentagem de resposta para a compra de real.