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FGV: Barômetros Globais sobem em outubro, mas têm níveis desfavoráveis

Barômetro cresceu 3,0 pontos em outubro, após oito quedas consecutivas, para 90,3 pontos

FGV: Barômetros Globais sobem em outubro, mas têm níveis desfavoráveis
(Foto: Shutterstock)

Os Barômetros Globais Coincidente e Antecedente da Economia subiram em outubro, mas permanecem em patamar desfavorável, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Barômetro Econômico Global Coincidente cresceu 3,0 pontos em outubro, após oito quedas consecutivas, para 90,3 pontos. Já o Barômetro Econômico Global Antecedente aumentou 1,5 ponto, a segunda alta seguida, para 86,0 pontos.

O avanço do indicador coincidente foi puxado pela região da Ásia, Pacífico & África, enquanto a do antecedente foi determinado por melhores expectativas nas regiões do Hemisfério Ocidental e da Ásia, Pacífico & África.

“As oscilações positivas dos Barômetros Globais em outubro não são suficientes para indicar uma reversão da tendência de desaceleração da atividade econômica global. Além dessas variações partirem de uma base de comparação baixa pelos padrões das séries históricas dos Barômetros, elas não são homogêneas entre regiões e setores. Em termos dos fundamentos econômicos que caracterizam o cenário atual, essa percepção é reforçada pela necessidade de aperto nas condições monetárias e pelos choques adversos de custos de energia em algumas das principais economias do mundo”, avaliou Paulo Picchetti, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

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O Barômetro Coincidente reflete o estado atual da atividade econômica. O Barômetro Antecedente emite um sinal cíclico cerca de três a seis meses à frente dos desenvolvimentos econômicos reais. Os dois indicadores são produzidos pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV) em colaboração com o Instituto Econômico Suíço KOF da ETH Zurique.

No Barômetro Global Coincidente, a região da Ásia, Pacífico & África contribui com 3,4 pontos para a alta de outubro, e o Hemisfério Ocidental, com 0,1 ponto. Na direção oposta, a Europa impactou negativamente em 0,5 ponto no mês.

“O indicador regional da Europa registra agora uma sequência de dez quedas seguidas e o menor nível entre as regiões. A piora do quadro macroeconômico ao longo de 2022 e as consequências da guerra da Ucrânia no fornecimento de energia nos países europeus delineia o cenário desfavorável da região”, justificou a FGV.

Entre os indicadores setoriais coincidentes, os Serviços avançaram 17,4 pontos, a Indústria cresceu 4,0 pontos e a Economia Geral (avaliações dos consumidores e agregadas empresariais) aumentou 0,3 ponto. Por outro lado, houve recuos no Comércio e na Construção. No Barômetro Global Antecedente, o Hemisfério Ocidental contribuiu com 1,0 ponto para o resultado de outubro, e a Ásia, Pacífico & África, com 0,6 ponto, enquanto a Europa influenciou negativamente com -0,1 ponto.

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“Os indicadores da Europa e do Hemisfério Ocidental estão mais de 20 pontos distantes da média histórica de 100 pontos, retratando um cenário ainda pessimista dessas economias para os próximos meses”, completou a FGV.

Quanto aos indicadores setoriais antecedentes, houve avanços na Construção, Indústria e Serviços, mas quedas nas perspectivas para a Economia Geral e o Comércio.

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