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Dólar hoje: moeda fecha em R$ 5,2730 (+0,02%), após oscilar na sessão

O vaivém da divisa no mercado doméstico esteve ligado ao comportamento da moeda americana no exterior

Dólar hoje: moeda fecha em R$ 5,2730 (+0,02%), após oscilar na sessão
Foto: Envato Elements

Em meio à troca constante de sinais e oscilação de mais de 15 centavos ao longo do dia, o dólar encerrou a sessão desta quinta-feira (13), na volta do feriado de Nossa Senhora, cotado a R$ 5,2730, praticamente estável (+0,02%). O vaivém da divisa por aqui esteve muito ligado hoje ao comportamento da moeda americana no exterior, em dia marcado pela divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos em setembro.

A leitura do CPI revelou um quadro inflacionário persistente. Tanto o índice cheio (+0,4%) quanto o núcleo (+0,6%) em setembro vieram acima do esperado, realimentando a expectativa de postura mais agressiva do Federal Reserve. Além de confirmar a possibilidade de elevação de 75 pontos-base da taxa básica em novembro, o CPI alimentou apostas em nova alta de igual magnitude em dezembro. Na leitura anual, o índice subiu 8,2% (previsão de 8,1%), ao passo que o núcleo avançou 6,6% (projeção de 6,5%).

“Foi a pior leitura de inflação nos EUA nos últimos 40 anos e impactou fortemente os ativos pela manhã, já que o mercado esperava um dado um pouco melhor”, diz o economista-chefe da RPS Capital, Victor Cândido. “Isso aumentou a probabilidade de o Fed subir mais os juros. Os mercados já estão precificando taxa de juros nos Estados Unidos em 5%”.

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A reação imediata foi de fuga do risco, o que levou a um tombo das bolsas em Nova York e a uma corrida à moeda americana. Referência do comportamento do dólar frente a seis divisas fortes, o índice DXY chegou a se aproximar dos 114,000 pontos, ao registrar máxima aos 113,920 pontos. Por aqui, a divisa disparou e chegou a subir mais de 2% na máxima, a R$ 5,3814 (+2,07%), nas primeiras horas de negociação.

A febre compradora amainou ainda pela manhã, com a moeda americana perdendo força em relação a pares fortes, em especial o euro e libra. Circularam informações de que a primeira ministra do Reino Unido, Liz Truss, que acenava com corte de tributos e ampliação de gastos, estaria considerando agora aumento de imposto para empresas. Com o índice DXY recuando para a faixa dos 112,300 pontos e as bolsas em Nova York com ganhos superiores a 2%, o dólar perdeu força no mercado doméstico à tarde e não apenas virou para o terreno negativo como tocou mínima a R$ 5,2302 (-0,73%).

Para o especialista em mercados internacionais do C6 Bank, Gabriel Cunha, uma possível explicação para a melhora do desempenho dos ativos de risco após a reação negativa com o CPI nos EUA pode ter sido o fato de o mercado ter se posicionado de forma muito negativa à espera do indicador. “Além disso, notícias veiculadas nas mídias da Inglaterra indicam que o governo britânico vai dar mais um passo atrás no pacote bilionário de corte de impostos”, afirma.

À tarde, o BC informou que, após encerrar setembro com saídas líquidas de US$ 3,850 bilhões, o fluxo cambial é negativo em US$ 184 milhões em outubro (até o dia 7), em razão de saída de US$ 1,083 bilhão via comércio exterior. Já o canal financeiro apresentou entradas líquidas de US$ US$ 899 milhões no período, confirmando a percepção de operadores de volta do apetite do capital externo por ativos domésticos após o primeiro turno das eleições.

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