Comportamento

Ranking mostra os bancos com o menor índice de transparência

O levantamento, realizado pela fintech Alt.bank, mostra o C6 com o menor nível de transparência entre as instituições

Ranking mostra os bancos com o menor índice de transparência
Fachada do prédio da C6 Bank, na Av 9 de julho. Agora, banco oferece investimento internacional pelo app do neobanco. Foto: GABRIELA BILO / ESTADAO

Um estudo realizado pela fintech Alt.bank mostra o nível de transparência dos principais bancos do Brasil durante a pré-venda e pós-venda de produtos financeiros. Itaú Unibanco, Nubank e Banco do Brasil alcançaram as primeiras colocações no ranking que observou o número de reclamações e a facilidade dos clientes para encontrar informações, enquanto C6 Bank, Cetelem, Caixa e Santander aparecem nas últimas posições.

Para fazer a análise, o levantamento considerou os produtos com maior representatividade na composição de dívidas dos brasileiros, como o rotativo do cartão de crédito e empréstimos. A empresa consultou os dados de domínio público de 17 bancos privados, públicos e neobancos do País referentes ao terceiro trimestre de 2021 e o segundo tri deste ano, além de dados do Banco Central.

Considerando a pontuação de 1 a 4 que forma o índice, o banco Itaú ocupa o primeiro lugar, com 3.36 pontos, seguido pela fintech Nubank e pelo Banco do Brasil, empatados no segundo lugar, com 3.06 pontos. As primeiras colocações mostra que transparência nas instituições financeira parece longe do ideal. Entre as 17 empresas, apenas os três líderes registraram uma pontuação acima de 3.

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Com peso de 60% na formação da nota, o índice checou a facilidade para encontrar as informações sobre as taxas, clareza na descrição e a precisão dos valores contra a média praticada pelo mercado. Os 40% da nota, referentes ao pós-venda, analisou o volume de reclamações dos clientes sobre transparência realizadas no portal Reclame Aqui.

“Esse levantamento tem o objetivo de conscientizar sobre a importância da transparência bancária para que os indivíduos sejam bem informados e tomem decisões certas sobre sua saúde financeira”, afirma Fábio Silva, country manager do Alt.bank.

Procurada, a assessoria de imprensa do C6 Bank contestou a nota dada à empresa. “Desde o lançamento do C6 Bank, todas as telas de contratação em todas as modalidades de crédito ofertadas no aplicativo informam com clareza as taxas de juros e os valores de spreads bancários. Os contratos jurídicos são traduzidos em linguagem de fácil compreensão. Não há asteriscos nas telas, nem letras miúdas nos termos de contratação.”

O banco Celetem também se manifestou. “O Banco Cetelem ressalta que preza pela transparência e clareza em seu relacionamento com os clientes. A empresa oferece todas as informações sobre taxas e valores de empréstimos, seguros e cartões em seus canais oficiais de atendimento e também via website e aplicativo. Além disso, no caso de empréstimo consignado, o Cetelem oferece a possibilidade de simulações online, com detalhamento das parcelas, antes da tomada de decisão. Após a contratação dos produtos, o consumidor pode ainda visualizar contratos assinados e tabelas de tarifas no site.”

Em nota, o Santander afirmou que o banco segue todas as normas para a oferta de crédito e que desconhece os critérios adotados na pesquisa. “Nos casos de linhas cujas taxas variam conforme o perfil do cliente, as condições são explicitadas no momento da simulação de contratação”, diz o comunicado.

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O E-Investidor também entrou em contato com a assessorias de imprensa de Caixa, mas não obteve resposta.

Confira o ranking:

1º Itaú – 3.36
2º Nubank – 3.06
2º Banco do Brasil – 3.06
4º Banco Pan – 2.73
5º Inter – 2.49
6º Crefisa – 2.27
7º Bradesco – 2.21
8º Safra – 2.13
9º Omni – 2.07
9º BV – 2.07
11º Banrisul – 2.00
12º Original – 1.93
12º Banco do Nordeste – 1.93
14º Santander – 1.80
14º Caixa – 1.80
16º Cetelem – 1.67
17º C6 – 1.13