A queda de 1,13% do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de agosto frustrou as expectativas e pode servir como sinal de alerta para os resultados da atividade no terceiro trimestre. A avaliação é do economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini.
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“Esperávamos alta do índice pelo resultado positivo de volume de serviços, mesmo com a queda de 0,6% da produção industrial em agosto”, avalia Agostini, que havia revisado para cima a projeção do IBC-Br após a quarta alta consecutiva registrada na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de agosto, de 0,7%. “O resultado do IBC-Br acaba sendo um alerta para vermos o que vai acontecer de fato no terceiro trimestre.”
Agostini observa que o IBC-Br de agosto ainda não foi totalmente impactado pelo programa Auxílio Brasil e demais benefícios do governo, que deve aparecer nos próximos resultados, assim como a melhoria do mercado de trabalho.
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Contudo, o economista-chefe da Austin Rating pondera que o aperto da política econômica e o cenário de incertezas no mercado doméstico – com o resultado das eleições presidenciais – e global – com os efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia – pode levar à desaceleração da atividade econômica nos próximos meses.
Agostini mantém por ora a projeção de crescimento de 1,9% para o PIB do terceiro trimestre e de 0,8% no quatro trimestre, com ajuste sazonal. A Austin também segue com a projeção de 2,7% para o PIB de 2022.