Os rendimentos dos Treasuries caíram na ponta curta nesta sexta-feira (21), após a possibilidade de o Federal Reserve (Fed) ser menos agressivo na reunião de política monetária de dezembro ter entrado nas mesas de operações.
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No fim da tarde em Nova York, o juro da da T-note de 2 anos caía a 4,491%, o da T-note de 10 anos operava estável a 4,228% e o do T-bond de 30 anos subia 4,333%. Durante a sessão, o retorno da T-note de 10 anos ultrapassou a marca de 4,3% pela primeira vez desde 2007, quando o rendimento do título teve máxima de 4,380%.
“Os rendimentos subiram para novas máximos na quarta e quinta-feira, mas um artigo do Wall Street Journal e comentários da presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, sugeriram o possível início de uma mudança de tom do BC americano, desencadeando uma negociação maciça que reverteu as perdas iniciais”, explica a Oxford Economics.
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Segundo reportagem do WSJ, o Fed deve debater sobre uma alta menor em dezembro. O texto ainda comenta que alguns dirigentes têm sinalizado o desejo de retardar o ritmo das altas de juros logo e deixar de subi-los no início deste ano, a fim de avaliar como o aperto já realizado está desacelerando a economia. Daly afirmou hoje que pode haver mais altas de 75 pontos-base nos juros nos Estados Unidos, mas ponderou que deve haver uma redução nesse ritmo adiante, para elevações de 50 ou 25 pontos-base. Ela também destacou que deseja evitar um aperto “excessivo” na política monetária, que prejudique a economia desnecessariamente.
Por outro lado, o presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, manteve o tom da maioria dos dirigentes nas últimas semanas: ele afirmou que a instituição precisará subir juros ainda mais e manter isso “por algum tempo”. De acordo com Evans, o BC americano está comprometido em trazer a inflação para a meta de 2%, e o caminho das altas de juros vai depender da evolução da economia.
O monitoramento do CME Group mostra, no fim desta tarde, uma chance maior de que o Fed aperte menos os juros em dezembro. Para a próxima reunião, 94,5% de chance é de uma alta de 75 pontos-base nos juros (de 98,4% ontem) e 5,5% de uma elevação de 50 pontos-base (de 1,6% ontem). Já para 14 de dezembro, 45,4% das apostas seriam de nova alta de 75 pontos-base nos juros. Ontem, havia 75,4% de chance de que isso se concretizasse, no monitoramento do CME Group. A possibilidade de uma alta de 50 pontos-base em dezembro avançava, de 24,2% ontem a 51,8%, enquanto a de uma elevação de apenas 25 pontos-base passou de 0,4% a 2,9%.
“Acho que estamos nos últimos momentos do pico de hawkishness do Fed”, disse Christian Hoffman, gerente de portfólio da Thornburg Investment Management, ao WSJ.
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