Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda, nesta segunda-feira (24). A commodity chegou a oscilar no positivo, mas o tom negativo prevaleceu, com investidores analisando indicadores da China e o significado deles para a demanda pelo óleo. Além disso, dados dos Estados Unidos e da Europa também foram monitorados.
Leia também
O petróleo WTI para dezembro fechou em baixa de 0,55% (US$ 0,47), em US$ 84,58 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês recuou 0,26% (US$ 0,24), a US$ 93,26 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
A China publicou dados mistos da economia. O Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre cresceu mais que o esperado, mas as vendas no varejo em setembro, por exemplo, vieram fracas. Segundo o ANZ, a política de zero casos de covid do país pesa na demanda por petróleo e gás “no futuro previsível”. A Capital Economics vê a economia chinesa ainda com ímpeto fraco, em parte também por causa da política local para conter o vírus, enquanto o Nordea publicou análise na mesma linha, projetando crescimento de apenas 3% do país em 2022 e sem mudanças no quadro após a recondução de Xi Jinping para mais um mandato.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Na Europa, houve dados fracos de atividade na zona do euro e no Reino Unido, enquanto nos EUA o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto de setembro também veio fraco na leitura preliminar, em 47,3, mínima em dois meses e em território de contração nessa pesquisa.
No noticiário do setor, o governo do Irã acusava os EUA de não terem interesse em reviver o acordo nuclear com potências. Teerã deseja retomar o pacto também para ampliar suas exportações da commodity.
O TD Securities afirma em relatório que os preços seguem oscilando na mesma faixa, desde que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) anunciou corte na produção. O banco tem ressaltado que a possibilidade de recessão global não é algo que destrua totalmente o apetite por petróleo, mas tende a “desacelerar o ritmo do crescimento da demanda”.
O Commerzbank, por sua vez, diz que as perspectivas para a demanda têm “deteriorado”, enquanto no câmbio o dólar teve valorização significativa. Como o petróleo é cotado nesta moeda, nesse caso o óleo fica mais caro para os detentores de outras divisas. O corte da Opep+ deve impedir mais quedas nos preços, especialmente se o embargo da União Europeia ao petróleo da Rússia entrar em vigor em dezembro, acredita o banco.
Publicidade