Os investidores mostram apetite ao risco no exterior, em meio à divulgação de balanços corporativos e reagindo a apostas de redução no ritmo de aperto monetário nos Estados Unidos. Hoje saiu o índice de confiança do consumidor americano em outubro, que mostrou recuo além do esperado, sugerindo alguma desaceleração econômica do país. Com isso, aumentaram as chances de que o Fed suba a taxa de juros em 50 pontos-base na reunião de política monetária, ao invés de 75 pontos-base.
Nesse ambiente, as bolsas em Nova York têm alta firme, enquanto o dólar e os juros dos treasuries recuam. Além disso, resultados melhores do que o esperado da General Motors e Coca-Cola também contribuem para o bom desempenho dos mercados acionários americanos. Na Europa, as bolsa fecharam em alta, com exceção de Londres, de olho no resultados de grandes bancos. O britânico HSBC frustrou as expectativas, enquanto o UBS Group informou que seu lucro e receita no terceiro trimestre superaram as expectativas.
Dados da Alemanha e a posse do novo primeiro-ministro do Reino Unido também estiveram no radar, enquanto os investidores também estão em compasso de espera pela decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), na próxima quinta-feira.
Aqui no Brasil, a sessão é de volatilidade e o Ibovespa opera descolado de seus pares no exterior com queda de 0,46% aos 115.478 pontos. Com a proximidade do 2º turno das eleições, os desdobramentos políticos seguem no radar. Os juros de longo prazo recuam e os com vencimentos curtos rondam a estabilidade, no aguardo da definição do Copom, amanhã, após alta do IPCA-15 acima da mediana das estimativas. O dólar opera em leva baixa de 0,05% cotado a R$ 5,30.
Dentre os destaques corporativos, as ações da Petrobras ampliam as perdas da véspera, após a divulgação dos dados de produção e vendas, que vieram em linha com as estimativas. Liderando as quedas do Ibovespa, as ações da BRF recuam cerca de 9% refletindo preocupações por parte do mercado, sobre a capacidade de gerar valor e a alavancagem após o anúncio de acordo com a HPDC para criação de JV para atuar na cadeia de produção de frangos na Arábia Saudita.