O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) decidiu elevar sua taxa básica de juros em 75 pontos-base, a 3,00%, nesta quinta-feira (03). A decisão veio em linha com o esperado pelo mercado em geral, por 7 votos a 2, com um membro do conselho da instituição preferindo uma alta de 50 pontos-base e outro, uma elevação de 25 pontos-base.
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O BoE diz que houve acontecimentos “significativos” na política fiscal do país, desde suas projeções anteriores. Em seu comunicado, ele afirma que a incerteza sobre os preços de energia no varejo do Reino Unido caiu em certa medida, após mais intervenções do governo. O BC acredita que deve continuar a haver algum apoio fiscal, limitando mais altas na energia e reduzindo a volatilidade. O apoio à demanda privada em relação às projeções de agosto, porém, pode apoiar mais pressões inflacionárias em serviços e bens exceto energia, aponta.
No comunicado, o BoE também informa que não incorporou mais medidas fiscais que devem ser anunciadas pelo governo em 17 de novembro.
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Na avaliação do BoE, as condições financeiras têm apertado de modo “substancial”, reduzindo a atividade no período das previsões. O PIB do país deve recuar “cerca de 0,75%” durante o segundo semestre de 2022, em parte refletindo o aperto na renda real. O mercado de trabalho segue apertado, mas há sinais de que a demanda começa a desacelerar.
O BoE diz ainda que a inflação deve ter pico de cerca de 11% no quarto trimestre de 2022, menos que o projetado em agosto. Já o PIB deve continuar a recuar, ao longo de 2023 e no primeiro semestre de 2024, com preços altos de energia e condições financeiras mais apertadas.
Na projeção central dos dirigentes, a inflação ao consumidor começa a recuar no início do próximo ano. Ela deve cair para abaixo da meta de 2% em dois anos e ficar ainda mais abaixo disso em 3 anos, aponta. Os riscos para as projeções de inflação, porém, são de alta no médio prazo, diz o BoE.