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Vale (VALE3) é a principal baixa nas carteiras de julho; Petrobras (PETR4) e Rumo (RAIL3), as mais indicadas

Vale é a principal baixa nas carteiras do mês; Petrobras e Rumo são as mais indicadas

Vale (VALE3) é a principal baixa nas carteiras de julho; Petrobras (PETR4) e Rumo (RAIL3), as mais indicadas
Foto: Washington Alves/Reuters
  • Ao todo, são 48 ações de diferentes empresas e um ETF entre as sugestões para o investidor em julho
  • As corretoras que informaram suas carteiras são: Ágora, Ativa, CM Capital, Genial, Guide, Modalmais, MyCap, Rico, Socopa e Terra Investimentos

O mês de julho começa com uma mudança importante nas ações recomendadas por 10 corretoras: a Vale (VALE3) deixou de fazer parte de três carteiras – embora ainda esteja presente em duas delas.

Entre as recomendações, os papéis que lideram as indicações são Petrobras (PETR4) e Rumo (RAIL3), que fazem parte de quatro carteiras. Em seguida, com três indicações, estão Gerdau (GGBR4) e Magazine Luiza (MLGU3).

Ao todo, são 48 ações de diferentes empresas e um ETF entre as sugestões para o investidor em julho. Confira, abaixo, o que cada uma das corretoras indica para o mês e quais foram as mudanças realizadas:

José Francisco Cataldo, da Ágora Investimentos

Para o mês de julho, a Carteira Top 10 da Ágora realiza duas alterações e retira os ativos da Magazine Luiza (MGLU3) e da Sanepar (SAPR11). Em seu lugar entram as da BR Distribuidora (BRDT3) e Vale (VALE3).

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A carteira agora é composta pelas ações da BR Distribuidora (BRDT3), Cesp (CESP6), Eletrobras (ELET6), Itaú (ITUB4), Klabin (KLBN11), Lojas Americanas (LAME4), Lojas Renner (LREN3), Petrobras (PETR4), Rumo (RAIL3) e Vale (VALE3).

“Todas são empresas com estrutura financeira sólida e que acreditamos que pode ter um bom resultado mesmo em tempos da covid-19. É uma carteira bem diversificada e tende a ter um desempenho replicando o Ibovespa”, diz Cataldo.

Nicolas Takeo, analista da Socopa

Para o mês de julho, a Socopa faz duas trocas em sua Carteira Recomendada. Saiem Vale (VALE3) e B3 (B3SA3) e entram CCR (CCRO3) e CPFL Energia (CPFE3).

Agora, a carteira é composta por BB Seguridade (BBSE3), CPFL Energia (CPFE3), CCR (CCRO3), Hapvida (HAPV3), EDP Brasil (ENBR3), Pão de Açúcar (PCAR3), Bradesco (BBDC4), Petrobras (PETR4) e JBS (JBSS3).

“A Socopa segue com uma postura mais conservadora na bolsa brasileira, apostando em nomes de qualidade na composição. Apesar de ainda enxergar os cases de Vale e B3 com bons olhos, nossa decisão de troca deve-se à visão de que a relação risco retorno de CCRO3 e CPFE3 é mais favorável no curto prazo”, afirma Takeo.

João Lux, da CM Capital

Para o mês de julho, a CM Capital não fez nenhuma alteração em relação a sua carteira recomendada de junho. As indicações continuam sendo Azul (AZUL4), Bradesco (BBDC4), JSL (JSLG3), Marfrig (MRFG3), Gerdau (GGBR4), Vale (VALE3), Sinqia (SQIA3) e Yduqs (YDUQ3).

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“Mantemos a composição da carteira, pois acreditamos que as oito companhias escolhidas são sólidas e têm bons fundamentos para atravessar a atual crise”, diz Lux.

Ilan Arbetman, da Ativa Investimentos

Para julho, a Ativa trocou todas suas indicações em relação ao mês passado. Saíram Petrobras (PETR4), Vale (VALE3), Locamerica (LCAM3), Itaú (ITUB4) e JBS (JBSS3). Agora as ações recomendadas são:

SulAmérica (SULA11) – A maior correlação da empresa com setor de saúde pode impulsionar seus resultados, dado a queda nos níveis de sinistralidade observada recentemente. Ademais, a defensividade de sua carteira e qualidade da gestão devem manter seus fluxos de caixa em volumes atrativos e sob a segurança usual.

Pão de Açúcar (PCAR3) – Acreditamos que, pela dinâmica do varejo, o nicho não-discricionário seguirá aquecido, com destaque para alimentos. A demanda não arrefeceu durante os períodos mais agudos da crise e segue mostrando força.

Vivo (VIVT4) – A companhia de telecomunicações é a nossa top pick do setor. A empresa aposta as suas fichas no setor pós-pago, onde constrói um relacionamento de longo prazo com seu cliente. Assim, observa-se índices de crescimento da base e retenção de clientes em excelente grau. Destacamos ainda a realização de parcerias para tornar seus planos mais atrativos para os usuários finais e geradores de valor para a empresa.

Álvaro Bandeira, da Modalmais

Para o mês de julho, a Modalmais trocou todas suas ações recomendadas. Saíram Randon (RAPT4), Omega Geração (OMGE3), Duratex (DTEX3), Valid (VLID3) e WEG (WEGE3). Agora as ações recomendadas são:

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Gerdau (GGBR4) – A retomada de infraestrutura cresce no mundo inteiro, principalmente nos EUA e isso faz com que o setor siderúrgico fique em alta. Principalmente a Gerdau que tem negócios no exterior.

Linx (LINX3) – A Linx é a maior empresa de software house e se beneficia do novo normal pós pandemia com o trabalho home office em alta.

Ez Tec (EZTC3) – É um dos melhores ativos do setor de construção e deve passar relativamente bem pela crise. É uma alternativa agressiva, mas é o destaque dentro do setor.

Via Varejo (VVAR3) – É uma empresa em reestruturação com uma boa performance no e-commerce. O setor sentiu bem menos na crise e deve se manter bem.

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IRB Brasil (IRBR3) – A empresa divulgou o balanço do primeiro trimestre e mostrou que fez ajustes importantes. Ainda tem muito o que fazer e o ativo vai ter volatilidade, mas em função de tudo que a ação já sofreu devido às denúncias, ela pode ter uma recuperação interessante.

André Ferreira e Julia Monteiro, analistas da MyCap

Para este mês, a MyCap trocou duas ações da sua carteira Top 5. Foram retiradas os papéis da Vale (VALE3) e da Petrobras Distribuidora (BRDT3). Agora, sua carteira passa a ser:

Gerdau (GGBR4) – Optamos pela inclusão de Gerdau em função de uma melhor expectativa de valorização da ação, uma vez que mantivemos a percepção de possível questão comercial entre China e EUA

BB (BBAS3) – O banco está com múltiplos descontados frente a seus pares, especialmente o P/L e P/VPL. Entendemos, ainda, que a companhia deverá se beneficiar com os incentivos a empréstimos novos a micro, pequenas e médias empresas.

Petrobras (PETR4) – Acreditamos no aumento de demanda por seus produtos, que atendem a diversificada clientela nacional e mundial, com destaque para a elevação dos indicadores Industriais Chineses, Americanos e Europeus.

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Cemig (CMIG4) – A companhia atua em diferentes frentes dentro do setor elétrico, como Geração, Distribuição, e Transmissão de energia no Estado de Minas Gerais, mostrando-se resiliente em momentos de elevada volatilidade na bolsa.

Magazine Luiza (MGLU3) – Acreditamos que a companhia está a frente de seus pares tanto na diversidade de produtos ofertados para vendas on-line quanto em relação à logística e centros de distribuição que deverão fazer diferença nas margens da empresa e numero de vendas.

Sandra Peres e Régis Chinchila, da Terra Investimentos

Para o mês de julho, a Terra Investimentos trocou apenas uma ação da sua carteira recomendada. Saiu Pão de Açúcar (PCAR3) para a entrada das ações da Rumo (RAIL3). Agora sua carteira passa a ser:

Rumo (RAIL3) – Acreditamos que suas ações estão demasiadamente depreciados, haja vista que o cenário aponta para a contínua melhora para o setor agrícola, que é o principal produto transportado pela companhia.

Magazine Luiza (MGLU3) – Continuamos acreditando que a companhia continuará entregando bons resultados. O seu perfil mais digital vem colocando a empresa em um outro patamar, com fortes crescimentos.

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Petrobrás (PETR4) – Além da companhia ter intensificando a sua intenção de desinvestimentos, a reabertura da economia tende a impulsionar a demanda interna por combustível.

B3 (B3SA3) – A empresa vem apresentando bom desempenho, com altos volumes transacionados nos mercados, decorrentes da forte volatilidade. Além disso, o seu sólido desempenho financeiro e forte geração de caixa, continua garantindo bons retornos em suas ações.

Vale (VALE3) – A companhia poderá continuar apresentando bom desempenho, dado a reabertura da economia quanto aos elevados preços do minério de ferro. Além disso, a empresa apresentou crescimento em seu caixa, e mostrou menor dívida neste último trimestre.

Henrique Esteter, analista da Guide Investimentos

Em relação ao mês de junho, a Guide trocou todas suas ações recomendadas para o mês de julho. Saíram BRF (BRFS3), Centauro (CNTO3) e Bradesco (BBDC4). Agora as ações recomendadas são:

BTG Pactual (BPAC11) – O banco segue apresentando bons resultados, mesmo com o aumento do risco em função da crise da covid-19. Além disso, o BTG reforçou seu balanço no início da crise, e apresenta níveis confortáveis de liquidez.

B2W (BTOW) – A empresa tem se destacado durante o período de confinamento, devido ao seu desenvolvido marketplace, que permite a seus clientes, tanto aos sellers quanto aos consumidores, maior número de funcionalidades e facilidades.

Cyrela (CYRE3) – Seguimos otimistas com Cyrela, devido a continuidade do foco do management na geração de caixa operacional, redução do estoque e melhoria na eficiência. Do lado macro, diante da recuperação da economia, espera-se que as menores taxas de juros do financiamento imobiliário e a melhora da confiança do consumidor, beneficiem o setor imobiliário.

Filipe Villegas, estrategista da Genial Investimentos

Para o mês de julho, a Genial trocou quatro ações da sua carteira Ibovespa 10+. Saem Ambev (ABEV3), Lojas Renner (LREN3), Lojas Americanas (LAME4) e Gerdau (GGBR4).

Agora, a carteira recomendada para o mês é Locaweb (LWSA3), Banco Inter (BIDI11), Trisul (TRIS3), Cemig (CMIG4), Rumo (RAIL3), Weg (WEGE3), Log Com Prop (LOGG3), SLC Agricola (SLCE3), Cyre Com-Ccp (CCPR3) e Totvs (TOTS3).

Matheus Soares, analista da Rico Investimentos

Para o mês de julho, a Rico fez uma alteração em sua carteira recomendada: trocou Suzano (SUZB3) por YDUQS (YDUQ3). Confira a carteira e a análise de cada ativo:

Equatorial (EQTL3) – O setor de energia elétrica está entre os que menos serão impactados em suas operações pela pandemia do coronavírus. É uma empresa de qualidade dentro do setor de energia elétrica. Posição média da carteira pelo fato de ser quase uma “distribuidora pura”, elo do setor que deve sofrer com aumento de inadimplências e redução do consumo. A base de receitas não tem nenhuma correlação com o dólar ou outra moeda
estrangeira.

JBS (JBSS3) – Dado que a demanda por alimentos deve continuar sustentada, a oferta priorizada pelas autoridades e as empresas têm mais representatividade das vendas em supermercados do que no setor de serviços (como restaurantes). Além disso, a situação na China tem se normalizado e o mercado nos EUA continua positivo, o que é bom principalmente para JBS, que, adicionalmente, apresenta níveis saudáveis de endividamento e liquidez. Atualmente, a companhia tem uma posição de caixa de R$ 7,8 bilhões, ou seja, também está confortável para pagar essa dívida de curto prazo

Magazine Luiza (MGLU3) – O setor de e-commerce foi um dos poucos que cresceu vigorosamente nos últimos trimestres e a Magalu conseguiu crescer muito mais do que o resto do setor. Das empresas do varejo é a que mais possui exposição e-commerce (50% de suas vendas) e que por isso, poderia se beneficiar dessa mudança de hábitos que o consumidor está sendo obrigado a passar. Está capitalizada para atravessar o momento.

Intermédica (GNDI3) – A Intermédica é uma operadora vertical de planos de saúde. A companhia tem R$ 2,5 bilhões em posição de caixa líquido, ou seja, sua posição em caixa mais do que paga a sua dívida bruta. Sem falar que, diferentemente do que muita gente imaginava, a demanda pelos serviços da cia não necessariamente sobem, visto que as pessoas precisam ficar em suas casas confinadas.

Alpargatas (ALPA4) – Desde a venda para a família Moreira Salles pela J&F em 2017, a cia vem passando por uma série de mudanças em sua estratégia comercial, a começar pela mudança de gestão após a chegada dos novos sócios (Itaúsa, BW e Cambuhy Investimentos). Ela, que é dona de marcas fortes como Havaianas, Osklen e Mizuno, se desfez de ativos que não eram considerados rentáveis e tem iniciado um processo de digitalização e expansão global que tem tudo para serem transformacionais para a empresa.

YDUQS (YDUQ3) – É a 2° maior empresa de educação do Brasil, setor com elevada oportunidade de crescimento em ensino à distância (EAD), segmento no qual a Yduqs tem conseguido crescer mais e melhor do que a maior do setor, que é a Cogna, antiga Kroton. Mais recentemente fez a aquisição relevante da IBMEC, que traz ao seu portfólio um ativo conhecido pela qualidade de ensino presencial, que se aprovada colocará à sua base 102 mil alunos, com valor médio de mensalidade maior do que o cobrado pela Estácio.

ETF S&P500 (IVVB11) – Trata-se de uma opção dolarizada para carteira. O IVVB11 é um ETF dolarizado que acompanha o desempenho do S&P 500. Como não vemos grandes motivos para o investidor estrangeiro colocar dólar no Brasil com o objetivo de ganhar com o carry trade (ou seja, comprando renda fixa e colocando dólares no mercado), acreditamos que o dólar deve continuar forte perante o Real

Rumo (RAIL3) – Empresa que se beneficia tanto da retomada da economia – sobretudo do setor de agronegócio – quanto de mais investimentos em infraestrutura. A queda dos juros e elevação de sua eficiência somada ao bom momento do agronegócio tem permitido a ela gerar bastante caixa e consequentemente reduzir o seu endividamento. Empresa com exposição a China, com posição de caixa relevante.

B3 (B3SA3) – Empresa é praticamente um monopólio em seu setor (intermediação de operações financeiras) e depois que BM&FBovespa e Cetip se juntaram a nova empresa absorveu o gigantismo da BM&FBovespa com a eficiência da Cetip. Deve ser uma das poucas que terá um crescimento de lucros significativo em 2020. Empresa que negocia com múltiplos razoáveis dada a sua antifragilidade.

Localiza (RENT3) –  As incertezas relacionadas à duração do período de restrição de circulação de pessoas e os impactos sobre a atividade têm exercido pressão sobre nomes ligados a consumo, que é o caso de Localiza. Entendemos que existe muita incerteza em relação à dinâmica de curto prazo, mas definimos Localiza como nossa preferência no setor, reflexo (i) posição de caixa e nível de endividamento confortável (ii) apresenta a maior diferença entre retorno sobre capital investido e seu custo de capital no setor.

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