As concessões dos bancos no crédito livre caíram 4,3% em outubro ante setembro, para R$ 437,5 bilhões, informou o Banco Central. No acumulado dos últimos 12 meses até outubro, há aumento de 24,2%. Estes dados não levam em conta ajustes sazonais.
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No crédito para pessoas físicas, as concessões subiram 2,1% em outubro, para R$ 241,5 bilhões. Em 12 meses até outubro, há alta de 23,2%. Já no caso de pessoas jurídicas, as concessões caíram 11,2% em outubro ante setembro, para R$ 196 bilhões. Em 12 meses, o avanço é de 25,3%.
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Com o resultado de outubro, o estoque total de operações de crédito do sistema financeiro subiu 1% para R$ 5,214 trilhões de setembro para outubro. Em 12 meses, houve alta de 15,8%.
Endividamento das famílias
Com a maior necessidade de crédito pelas pessoas físicas, o endividamento das famílias brasileiras também continuou crescendo. Chegou a 49,9% em setembro, de 49,8% em agosto, e se mantendo perto do recorde da série histórica do Banco Central. Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento ficou em 31,7% no nono mês.
O pico da série foi alcançado em julho (50,1%, ante 53,2% antes de uma revisão técnica feita pelo BC devido à divulgação do Sistema de Contas Nacionais 2020 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Segundo o BC, o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) terminou setembro em 28,7%, saltando 1 ponto porcentual ante agosto (27,7% – antes da revisão era 29,4%). Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda ficou em 26,6% no nono mês do ano, de 25,7% em agosto (27,2% antes da revisão). O indicador também manteve trajetória similar após a revisão, mas em um nível um pouco inferior
Taxas de juros e spread
Mesmo após o fim do ciclo “intenso e tempestivo” de alta da Selic, hoje em 13,75% ao ano, a taxa média de juros no crédito livre voltou a subir em outubro, de 40,7% ao ano em setembro para 42,4% ao ano em outubro. Em outubro de 2021, era 10 pontos porcentuais menor, de 32,4%. Para as pessoas físicas, a taxa média de juros no crédito livre passou de 54,0% para 56,6% ao ano de setembro para outubro, enquanto para as pessoas jurídicas foi de 23,0% para 23,5%.
No rotativo do cartão de crédito, o juro médio total cobrado pelos bancos saltou 8,8 pontos porcentuais de setembro para outubro, informou há pouco o Banco Central. A taxa passou de 390,7% para quase 400% ao ano, em 399,5%.
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O spread em operações de crédito aumentou novamente. Em outubro, o spread bancário médio no crédito livre passou de 28,6 pontos porcentuais em setembro para 30,3 pontos porcentuais no mês passado.
O spread médio da pessoa física no crédito livre passou de 41,7 para 44,4 pontos porcentuais entre os dois meses. Para pessoa jurídica, o spread médio passou de 11,1 para 11,7 pontos porcentuais.