O dólar se desvalorizou ante rivais após dados do mercado de trabalho americano (payroll) divulgados hoje, apesar de mais fortes do que o esperado, não alterarem a perspectiva de desaceleração no ritmo de alta de juros pelo Federal Reserve (Fed).
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Neste fim de tarde, o dólar caía a 134,27 ienes, o euro subia a US$ 1,0537 e a libra tinha alta a US$ 1,2284. O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de seis moedas fortes, caiu 0,17%, aos 104,545 pontos, e acumulou queda semanal de 1,41%.
Hoje, a publicação do payroll garantiu uma valorização do dólar pela manhã, mas o movimento não se manteve ao fim do dia. Analistas avaliam que, apesar da geração de vagas e do aumento dos salários além do previsto pelo mercado, os números não devem alterar os planos do Fed de aumentar em 0,50 ponto porcentual os juros neste mês.
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Mais cedo, o presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin, afirmou que a instituição tem sido “agressiva” em suas altas de juros, mas que ainda tem a intenção de fazer mais.
Segundo análise da Capital Economics, a moeda ainda reage às “mensagens confusas” do presidente do Fed, Jerome Powell. “Embora seus comentários não tenham sido dovish em si, ele não recuou contra a recente flexibilização das condições financeiras. Como resultado, as expectativas de taxa de juros dos EUA caíram drasticamente, arrastando o dólar para baixo”.
Sobre o euro, a Convera destaca que, com a baixa do dólar, o euro conseguiu alcançar a máxima de cinco meses, encontrando também apoio nas notícias do desemprego da zona do euro, que atingiu novas mínimas históricas. “Um mercado de trabalho resiliente poderia ajudar melhor as famílias a enfrentar o que se prevê ser um inverno longo e frio para a economia”.
Já a libra conseguiu se valorizar, estando dois centavos mais forte na semana contra o dólar antes do relatório mensal de empregos dos Estados Unidos, que, para a Convera, significa “uma vantagem que a colocou no caminho para o quarto ganho semanal consecutivo”.
O iene, por sua vez, manteve a força de ontem após Naoki Tamura, do Banco do Japão (BoJ), afirmar à Bloomberg que o país deve conduzir uma revisão das políticas monetária e de inflação “em breve, ou um pouco mais tarde”. Essa foi a primeira vez que um membro do conselho do BC japonês discutiu a possibilidade da mudança.
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