- O Ibovespa subiu 2,70% na semana, passando de 108.976,70 pontos para 111.923,93 pontos
- As três ações que mais caíram na semana foram Marfrig (MRFG3), BRF (BRFS3) e Americanas (AMER3)
O Ibovespa subiu 2,70% na semana, passando de 108.976,70 pontos para 111.923,93 pontos. Por mais uma sequência de cinco dias, os ativos da bolsa foram impactados pelas notícias da PEC de Transição, em torno do teto de gastos se o governo deverá exceder seus gastos em apenas um ano ou nos próximos quatro.
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Expectativas do mercado apontaram para um enxugamento da proposta. Hoje, o Bolsa Família está fora do teto até 2026, porém, deve ser reduzido para apenas dois anos além do orçamento limite. O PT também avalia o prazo de um ano, mas nenhuma informação foi confirmada pelo partido.
Outro ponto que afetou o mercado quanto as questões governamentais foram os possíveis nomes para ministros. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu uma coletiva de imprensa nesta tarde, em Brasília, onde deu mais indícios sobre as negociações da transição entre governos. Entre as sinalizações, o presidente disse que o futuro ministro da Fazenda vai ter um perfil que reflita o “sucesso” de seu primeiro governo entre 2003 e 2006 – veja como o mercado repercutiu as falas.
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No radar dos investidores também esteve da fala do presidente do Fed, Jerome Powell, em que apontou que o aumento dos juros norte-americanos devem ser menores em dezembro.
Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos, acredita que o BC estadunidense deve agora seguir com mais duas elevações de 0,50 ponto percentual e depois passar para 0,25. “Valor esse que é tradicionalmente mais comum no país do que a alta das últimas reuniões”.
Além disso, a commodity afetou a cotação das ações, principalmente da Vale e da Petrobras, que tem uma presença de quase 25% na carteira do índice. Tanto que na terça-feira (29), a CSN protagonizou as maiores altas do dia.
Já no primeiro dia da semana, o principal índice da B3 fechou perto do zero a zero ao longo do dia, impactado tanto pelas ações de companhias que trabalham com commodities quanto pelas companhias do mercado interno.
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De acordo com João Abdouni, analista da Inv, enquanto o preço das matérias-primas puxaram a Vale e a Petrobras – que juntas possuem uma participação de mais de 25% na carteira do índice – para cima, a alta nos juros futuros afetaram o mercado doméstico, principalmente as varejistas.
“O índice small caps, que representa as companhias internas, por exemplo, negociou a 5% das mínimas dos últimos anos”, declarou o especialista.
O Ibovespa conquistou três pregões positivos na semana. Na terça (29), quarta (30) e sexta-feira (2), a bolsa brasileira teve altas de 1,96%, 1,42% e 0,90%, respectivamente. Na segunda (28) e quinta-feira (01), o índice caiu 0,18% e 1,39%, respectivamente.
O dólar e o euro recuaram 3,69% e 2,48% na semana, respectivamente. A moeda americana encerrou o período cotada a R$ 5,21, enquanto a europeia bateu os R$ 5,49.
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As três ações que mais caíram na semana foram Marfrig (MRFG3), BRF (BRFS3) e Americanas (AMER3).
Marfrig (MRFG3): -15,90%, R$ 8,90
Com a forte desvalorização do dólar e a a fase de decadência do ciclo do gado nos Estados Unidos, o que reduz a sua disponibilidade no próximo ano, o setor de frigorífico encerrou em queda nesta semana. A Marfrig caiu 15,90%, a R$ 8,90.
A MRFG3 cai 7,54% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 60,32% no ano.
BRF (BRFS3): -15,31%, R$ 8,63
A BRF desvalorizou 15,31%, a R$ 8,63, na semana. Os motivos que caíram a Marfrig também impactaram a queda da BRF.
A BRFS3 cai 8,39% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 61,68% no ano.
Americanas (AMER3) -11,69%, R$ 9,67
Com a instabilidade quanto aos juros futuros, que operaram em alta na maioria dos pregões, a Americanas encerrou a semana com queda de 11,69%, a R$ 9,67.
A AMER3 cai 7,54% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 68,69% no ano.
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*Com Estadão Conteúdo