Os mercados acionários de Nova York chegaram a operar mistas logo no início do pregão, mas terminaram a terça-feira em território claramente negativo. Temores sobre uma potencial recessão econômica estiveram em foco, com a inversão na curva dos Treasuries se aprofundando. Além disso, algumas ações reagiram a notícias específicas, como a Meta, pressionada em meio a relatos na imprensa de que a gigante de tecnologia pode se ver mais pressionada na Europa em sua estratégia para alavancar a receita com anúncios.
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O índice Dow Jones fechou em baixa de 1,03%, em 33.596,34 pontos, o S&P 500 recuou 1,44%, a 3.941,26 pontos, e o Nasdaq teve baixa de 2,00%, a 11.014,89 pontos.
Houve volatilidade e índices perto da estabilidade logo no início do dia, após o recuo visto na segunda-feira. Mais cedo, a balança comercial dos EUA mostrou alta no déficit em outubro, a US$ 74,1 bilhões, ante previsão de US$ 80 bilhões de déficit dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal. Ao longo do pregão de hoje, temores de recessão estiveram em foco, com a perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) tenha de continuar a elevar os juros para conter a inflação. Entre ações de grandes bancos, Morgan Stanley recuou 2,56%, após a CNBC reportar que ele cortou cerca de 2% de sua equipe hoje, segundo fontes ligadas ao assunto.
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A Dow Jones Newswires confirmou a notícia posteriormente, e a CNBC lembrava que outras companhias do setor também realizavam reduções na folha de pagamento, diante do baixo desempenho em Wall Street. Bank of America caiu 4,26%, Goldman Sachs teve baixa de 2,32% e Citigroup, de 1,45%.
Meta, por sua vez, caiu 6,79%. Reguladores da União Europeia podem restringir a atuação da empresa para conseguir levar anúncios personalizados a seus usuários, reportou a Dow Jones Newswires a partir de fontes ligadas ao assunto. Entre gigantes de tecnologia e serviços de comunicação, Apple caiu 2,54%, Amazon recuou 3,03% e Microsoft, 2,03%. Alphabet fechou em queda de 2,51% e Intel, de 1,95%. Em outros setores, Boeing caiu 3,60%, pressionando o Dow Jones, enquanto Walt Disney recuou 3,80%.
Ao analisar o quadro, a Capital Economics advertia que o rali recente do índice S&P 500 não deve perdurar nos próximos meses. Na opinião da consultoria, o índice acionário não mostrará tanto impulso, diante da “perspectiva de uma recessão leve em 2023”.