Apenas 12% dos gestores de fundos esperam que o Ibovespa encerre 2023 acima dos 130 mil pontos, segundo a edição de dezembro da pesquisa LatAm Fund Manager Survey, do Bank of America (BofA). Em novembro, 45% dos gestores consultados esperavam que o índice superasse o nível no fim do ano que vem.
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O levantamento também captou uma queda na proporção de gestores que pretendem aumentar a alocação dos seus fundos em ações nos próximos seis meses, de 45% em novembro para 29% em dezembro. É a menor parcela em 11 meses, notam os estrategistas do BofA David Beker, Paula Andrea Soto, Claudio Irigoyen e Carlos Peyrelongue, em relatório.
Segundo a pesquisa, 35% dos gestores preveem uma revisão negativa das expectativas para os lucros das empresas brasileiras em 2023. Pouco mais de 40% da amostra reunida pelo BofA espera estabilidade para as projeções de lucros.
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Em termos de alocação, o banco nota que os recursos em caixa nas carteiras representaram 7,6% do portfólio dos gestores em dezembro, um nível próximo das máximas históricas e superior à média desde 2018, em torno de 5%. Ao todo, 56% dos investidores adotaram proteções contra uma forte queda das ações e apenas 9% estão dispostos a aceitar um risco maior do que o considerado “normal”, ante uma média histórica de 22%.
Ao todo, dois terços dos gestores consultados esperam cortes da taxa Selic até o fim de 2023, enquanto um terço considera que o ciclo de afrouxamento monetário no Brasil só deve começar em 2024. A maior parte dos investidores espera um crescimento entre zero e 1,0% para o Produto Interno Bruto (PIB) do País no ano que vem.
O BofA ouviu 34 gestores de fundos para a edição de dezembro da LatAm Fund Manager Survey. Esses fundos somam aproximadamente US$ 79 bilhões em patrimônio.