Os contratos futuros de cobre fecharam em queda nesta quinta-feira (15), pressionados pelo dólar forte, que foi impulsionado pela piora do sentimento de risco, em meio às sinalizações de bancos centrais dos dois lados do Atlântico de que continuarão elevando juros nos próximos meses.
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O cobre para março fechou em queda de 2,89%, em US$ 3,7630 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses caía 2,78%, a US$ 8.285,00 a tonelada, por volta de 15h05 (de Brasília).
Tanto o Banco da Inglaterra (BoE) quando o Banco Central Europeu (BCE) desaceleraram o ritmo de aperto monetário e elevaram juros em 0,5 ponto porcentual nesta quinta-feira. No entanto, ambos os bancos centrais sinalizaram que continuarão elevando juros nos próximos meses e seguiram o mesmo caminho traçado pelo Fed, que, apesar de ter arrefecido o ritmo de aperto, aumentou ontem as projeções para as taxas dos Fed Funds e para a inflação, nos próximos anos. Tal cenário favoreceu o dólar, e, consequentemente, pressionou a maioria das commodities.
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Por outro lado, analistas da ANZ Research comentam que consideram a dinâmica de oferta e demanda do cobre favorável. “A reabertura da China está gerando esperanças de uma demanda mais forte em um futuro não muito distante”, dizem. Porém, eles ressaltam que as preocupações com o abastecimento também estão aumentando, já que os protestos políticos do Peru ameaçam interromper a produção e o armazenamento de cobre. O país é o maior produtor do metal básico.
Entre outros metais negociados na LME, no horário citado a tonelada do alumínio caía 2,63%, a 2.387,50; a do chumbo recuava 1,38%, a US$ 2.146,50; a do níquel avançava 0,92%, a US$ 28.640,00; a do estanho tinha queda de 3,79%, a US$ 23.450,00; e a do zinco cedia 3,07%, a US$ 3.158,50.
*Com informações Dow Jones Newswires.