A Braskem (BRKM5) pode sofrer impactos negativos impulsionados por incertezas sobre o desempenho do mercado chinês, responsável pelo consumo de metade da produção global de plástico, devido à covid-19. Outros fatores pesam nas expectativas da empresa, como uma mudança nos spreads dos produtos químicos básicos e polímeros no Brasil, EUA, Europa e polietileno no México. É o que aponta o relatório divulgado nesta terça-feira (03) pelo Santander.
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O preço-alvo da petroquímica foi revisado de R$ 56,00 para R$ 30,00. O novo target representa uma valorização de 29% nas ações da companhia para 2023 em relação ao último fechamento (contra 141% anteriormente).
Os analistas Christian Audi e Eduardo Muniz, responsáveis pelo relatório, mantiveram a recomendação de manutenção para os papéis da companhia e afirmaram que, apesar das incertezas, a empresa segue bem posicionada. “Esperamos um resultado do primeiro semestre de 2023 desafiador em comparação ao segundo semestre de 2022, com uma recuperação do ciclo esperada apenas entre 2024 e 2025, quando os spreads devem atingir um nível de meio do ciclo”.
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O relatório aponta ainda que a Braskem deve continuar pagando dividendos no nível mínimo para financiar os seus investimentos. Os analistas do Santander esperam que o novo plano estratégico da companhia seja anunciado no início deste ano e comentam que ainda há expectativas para as vendas das participações da Nonovor e Petrobras.
“As intenções da Novonor e da Petrobras de vender participações ainda estão em vigor, [mas] sem nenhuma alteração ou atualização material quanto ao momento e forma em que isso ocorrerá”, diz o relatório.