O dólar abriu em alta nesta sexta-feira (06) com os investidores recompondo posições das vendas da véspera e seguindo o avanço da divisa no exterior, porém sem que ainda apresente tendência na trajetória. Esta será definida com dois eventos que estão no foco desta manhã: a primeira reunião ministerial do novo governo, marcada para 9h30, e, nos Estados Unidos, a divulgação dos dados do mercado de trabalho pelo Payroll, às 10h30.
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Ontem, o dólar à vista recuou 1,85% ante o real, cotado a R$ 5,3518, na menor taxa de fechamento desde 29 de dezembro (R$ 5,2800). Às 9h05, a divisa spot subia 0,06%, a R$ 5,3551, mas mostrava instabilidade entre altas e baixas.
Na avaliação dos analistas da LCA, os Mercados internacionais serão determinantes para o comportamento dos mercados locais. No exterior, o índice DXY, que mede a variação do dólar frente a seis moedas fortes, oscilava em alta de 0,37%, a 105,432 pontos, às 8h31.
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De acordo com economistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, a economia dos Estados Unidos criou 210 mil vagas de trabalho em dezembro, segundo a mediana das 27 estimativas. Caso se confirme, o resultado indicará uma desaceleração, após a criação de 263 mil vagas em novembro, mas analistas debatem se a perda de ritmo é suficiente para conter a inflação ou se o Federal Reserve (Fed) teria de apertar mais a política monetária para conter a trajetória dos preços.
No Brasil, o recuo do dólar nas duas últimas sessões se deve às declarações mais fiscalistas de integrantes do governo. Ontem o ministro da Casa Civil, Rui Costa, que negou que mudanças na Previdência são previstas, disse que a reunião ministerial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva servirá para alinhar o discurso e centralizar as decisões no Planalto. Já a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet se comprometeu com a responsabilidade fiscal e o controle dos gastos públicos e disse que a equipe terá um perfil “austero, mas conciliador” em relação às divergências de pensamentos na equipe econômica.
Ainda, no noticiário local, o ministro dos Transportes, Renan Filho, defendeu que o novo arcabouço fiscal, a ser debatido no âmbito do Ministério da Fazenda, permita aumentar os investimentos prioritários. Ele disse ainda ser necessário uma ampla discussão sobre a sustentabilidade fiscal do País. “Sinalizar que o Brasil é responsável com o seu nível de endividamento. Mas, ao mesmo tempo, garantir o funcionamento das políticas públicas e preservar os investimentos”, disse.
Mais cedo, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou que o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 0,31% em dezembro, após uma redução de 0,18% em novembro. O resultado do indicador veio abaixo da mediana de 0,40% das estimativas na pesquisa do Projeções Broadcast, cujo intervalo ia de 0,23% a 1,26%. Com isso, o IGP-DI acumulou uma elevação de 5,03% no ano de 2022 (de 17,74% em 2021). As expectativas iam de 4,92% a 6,00%, com mediana de 5,13%.
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