A invasão do Congresso, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto neste domingo (08) em Brasília por manifestantes radicais pode reduzir o otimismo do investidor estrangeiro com o Brasil, avaliam os analistas do grupo financeiro suíço Julius Baer. “Dada a forte cobertura da imprensa internacional sobre os tumultos, esperamos que os investidores estrangeiros reduzam um pouco seu otimismo”, afirma o estrategista de ações do banco, Nenad Dinic.
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O analista observa em comentário a clientes hoje que os estrangeiros estavam mais otimistas com o Brasil do que os investidores domésticos e estavam elevando as apostas em ações. Mas no curto prazo pode haver algum impacto dos protestos nessa estratégia.
Dinic comenta que o foco principal do mercado é na equipe econômica de Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente na definição de uma âncora fiscal e no avanço das reformas estruturais. Mas a escalada dos protestos pode acabar pesando no sentimento do mercado no curto prazo.
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“Vamos aguardar sinais adicionais de que o governo vai ser bem sucedido em acalmar as preocupações fiscais do mercado”, comenta o estrategista do Julius Baer. Se isso ocorrer, Dinic espera que a Bolsa suba, em meio a preços atrativos no Brasil, bons dividendos das empresas e expectativa de melhora dos resultados das companhias com a reabertura da China e o pico do fortalecimento do dólar na economia americana.