O resultado da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de novembro corrobora a expectativa de estagnação do setor após a recuperação verificada ao longo do ano, com a retomada da atividade econômica pós-pandemia, avalia a XP Investimentos em comentário.
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O volume de serviços ficou estável na margem em novembro, resultado inferior ao que indicava a mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de alta de 0,2%. As estimativas dos analistas iam de queda de 0,8% a crescimento de 1,1%.
Em novembro, o grupo de serviços prestados às famílias (-1,2% para -0,8%) apresentou o segundo resultado negativo consecutivo. “Aparentemente, a Copa do Mundo de Futebol não representou um impulso significativo para o grupo como um todo, a despeito da maior demanda por alguns serviços de alimentação e entretenimento”, escreve o economista da XP Rodolfo Margato.
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O analista destaca também que serviços mais ligados à demanda das empresas seguem desacelerando, o que pode ser verificado pelo resultado do grupo serviços de informação e comunicação (1,1% para -0,7%). Em contrapartida, Margato observa que o crescimento do grupo transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-1,7% para 0,3%) foram puxados pelo subgrupo de serviços de transporte aéreo (-10,1% para 3,4%). “Contudo, tal resultado ficou longe de compensar a contração de aproximadamente 2% acumulada nos dois meses precedentes”, afirma.
A XP espera queda de 0,6% para o IBC-Br de novembro, que será divulgada amanhã. O tracker da corretora para o Produto Interno Bruto (PIB) passou a apresentar recuo de 0,2% no quarto trimestre. A projeção para o PIB de 2022 segue de 3,0%, mas tem viés de baixa, podendo chegar a 2,9%. Para 2023, a expectativa é de crescimento menor, de 1,0%, com desaceleração da atividade em função principalmente dos efeitos da política monetária contracionista.