Os contratos futuros de cobre subiram na terça-feira (17), em meio a dados de crescimento da China melhores do que o esperado – o que alimenta o otimismo com relação à demanda da segunda economia do mundo por commodities. Do lado da oferta, protestos no Peru, um dos maiores produtores de cobre do mundo, levantam preocupações de paralisações em minas.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre para março subiu 0,17%, a US$ 4,2230 a libra-peso. Já o cobre para três meses avançava 2,03%, a US$ 9.283,50 a tonelada, na London Metal Exchange (LME), às 15h08 (de Brasília).
De acordo com dados divulgados na madrugada, no quarto trimestre de 2022 ante igual período de 2021, o Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 2,9%, quando analistas esperavam expansão menor de 1,7%. No ano de 2022, entretanto, a expansão foi de apenas 3% – muito abaixo dos 8,1% de crescimento de 2021 e da meta de 5,5% estipulada por Pequim. Com exceção da alta de 2,2% vista em 2020, em meio ao impacto inicial da covid-19, esse resultado do ano passado foi o pior em quase meio século. “Embora o ritmo anualizado possa marcar a segunda taxa de crescimento mais lenta em quatro décadas, os dados de curto prazo sugerem que a economia chinesa pode se recuperar mais rapidamente do que o esperado, à medida que o país continua revertendo seus protocolos e restrições de segurança contra a covid-19”, conclui a Stifel.
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Já do lado da oferta, a Capital Economics destaca que a agitação generalizada em várias regiões do Peru, em protestos contra a presidente Dina Boluarte, pode prejudicar a atividade em algumas das principais indústrias do país. “Dessa forma, o papel do Peru como um importante player no mercado global de cobre significa que os protestos também podem adicionar mais pressão aos preços do metal”, analisa.
A consultoria comenta que há relatos de que a mineração nas minas de cobre Las Bambas e Antapaccay, que respondem por cerca de 17% da produção total de cobre do Peru, foram afetadas pelos protestos. “O impacto econômico dependerá de quão amplas são as interrupções e de quanto tempo elas se arrastarão”, destaca a Capital, que ainda diz acreditar que o preço acabará subindo um pouco mais para US$ 9.250 por tonelada até o final de 2023, apoiado pela reabertura da economia da China e alguma recuperação na atividade econômica global na segunda metade deste ano.
Entre outros metais básicos negociados na LME, o zinco subia 0,43%, a US$ 3.294,00 a tonelada; o estanho avançava 0,42%, a US$ 28.475,00 a tonelada; o níquel perdia 2,86%, a US$ 26.615,00 a tonelada; o chumbo tinha alta 0,57%, a US$ 2.218,00 a tonelada; e o alumínio avançava 0,52%, a US$ 2.619,50 a tonelada.