Reed Hastings, cofundador da Netflix (NFLX34) vai deixar o cago de CEO da companhia após 25 anos. O anúncio foi feito durante a apresentação do balanço da empresa nesta quinta-feira (19), que marcou o pior ano da companhia em 11 anos apesar do sucesso de produções como Wandinha.
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Em um post no blog da companhia, Hastings afirmou que já estava delegando a operação da empresa e que agora era a hora de completar a sucessão. Ele passará o bastão para o diretor de operações Greg Peters, que será co-CEO juntamente com Ted Sarandos – o executivo ocupa o cargo desde 2020.
Hastings, que permanecerá como presidente do conselho, seguirá o caminho de fundadores de grandes empresas de tecnologia que deixaram de ser CEO – o caso mais recente é de Jeff Bezos, da Amazon, que deixou a operação diária da companhia em 2021.
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No período, Hastings liderou mudanças que afetaram toda a indústria de mídia. Em 1997, ele fundou a companhia como um serviço de aluguel de DVDs pelo correio. Em 2010, ele mudou os rumos da companhia ao inaugurar a plataforma que se tornou sinônimo de streaming de vídeos. Em 2013, com a estreia da série House of Cards, outra aposta certeira do executivo: produções originais, que reduziam a dependência de estúdios concorrentes.
Retrospectiva
Apesar do baixo desempenho em 2022, a Netflix lançou uma série de novidades para tentar minimizar o impacto sobre o serviço de streaming. A companhia demitiu 450 pessoas em todo o mundo, principalmente nos EUA e na Europa. Segundo apurou o Estadão à época, foram 17 cortes na América Latina, incluindo o Brasil.
Outra medida foi o lançamento da cobrança por compartilhamento de senha, ainda em testes em alguns países da América Latina. Com a funcionalidade, a Netflix passa a cobrar uma taxa extra de perfis compartilhados em diferentes lares. O recurso não tem data de lançamento planejada, mas deve chegar à América do Norte, principal mercado, em breve.
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Por fim, a Netflix lançou ao fim do ano um novo plano de assinatura com publicidade, que permite que usuários adquiram planos mais baratos com anúncios dentro da programação. No Brasil, o serviço sai por R$ 18,90 mensais.