O dólar avançou ante euro e libra nesta sexta-feira, em meio à expectativa para as decisões de política monetária de Federal Reserve (Fed), Banco Central Europeu (BCE) e Banco da Inglaterra (BoE) na semana que vem. Contudo, a moeda recuou ante o iene, depois que indicadores japoneses sugerirem futura postura hawkish do Banco do Japão (BoJ, em inglês).
No fim da tarde em Nova York, o euro caía US$ 1,0870 e a libra tinha baixa a US$ 1,2391. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, subiu 0,09% hoje, a 101,927 pontos, mas caiu 0,08% na semana.
Economista-chefe do Instituto Internacional de Finanças (IIF), Robin Brooks analisa que o dólar está começando a retomar sua força, após atingir nível de desvalorização acentuado sobre outras moedas. Para Brooks, o temor de um Fed dovish, que seria o responsável pelo recuo da moeda, já foi “mais do que precificado”.
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Na análise da Capital Economics, as negociações do dólar encerram esta semana sem grande mudança frente a moedas rivais, mas projeta que uma recuperação deve acontecer em breve. “Esperamos que a fraqueza contínua dos dados econômicos dos EUA prejudique o sentimento de risco, restrinja as condições financeiras e eleve o dólar nos próximos meses”, avalia a consultoria.
Hoje, a divulgação de gastos com consumo e renda pessoal sinalizaram uma “recessão leve” nos Estados Unidos em breve, segundo a Oxford Economics. Contudo, Edward Moya, analista da Oanda, explica que a inflação ainda está longe da meta de 2%, indicando que o Fed não deve sinalizar uma pausa no aperto monetário e sim uma política “ainda agressiva” para controlar os preços.
A expectativa de uma postura hawkish, dessa vez pelo Banco do Japão (BoJ), também fortaleceu o iene nas negociações desta sexta. Participantes do mercado afirmaram ao The Wall Street Journal que esperam taxas de juros mais altas no Japão, em resposta ao núcleo da inflação ao consumidor (CPI) atingir seu maior nível em 41 anos. Por volta das 18h (de Brasília), o dólar caía a 129,89 ienes.
Na América Latina, decisões de política monetária pelos bancos centrais do Chile e da Colômbia também reforçaram o compromisso com o combate a inflação. No Chile, o BC manteve por unanimidade a taxa básica em 11,25%. Já na Colômbia, a Junta Diretiva subiu os juros em 75 pontos-base, a 12,75%, em decisão dividida. No final da tarde, o dólar avançava a 806,41 pesos chilenos e a 4.548,50 pesos colombianos.
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*Com informações da Dow Jones Newswires