O cobre encerrou a sessão de hoje em queda, pressionado pelo fortalecimento do dólar no exterior, após a forte criação de empregos indicada no relatório payroll dos EUA ampliar expectativa de que o Federal Reserve (Fed) deixará juros em níveis restritivos por um período prolongado. Analistas também apontam sinais de melhora na cadeia de oferta da commodity.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre para março encerrou a sessão em baixa de 0,84%, a US$ 4,0565 a libra-peso, um recuo de 3,99% na semana. Por volta das 15h20 (de Brasília), na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses recuou 1,05%, a US$ 8.936,50, uma recuo semanal de 3,50%.
Os contratos futuros do cobre chegaram a operar em alta no começo do dia, ensaiando recuperação das perdas de ontem, mas reverteram o movimento e passaram cair após a divulgação do relatório de emprego americano.
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As cotações ficaram pressionadas principalmente pelo forte avanço do dólar ante rivais, que tende a tornar commodities mais caras para detentores de outras moedas. A divisa americana respondeu às perspectivas de que a resiliência no mercado de trabalho americano leve o Fed a manter juros elevados. A plataforma de monitoramento do CME Group apontou forte queda nas chances de haver cortes na taxa básica ainda este ano.
Além disso, investidores do metal estão de olho em sinais de melhora na cadeia de oferta, após empresas mineradoras da Suíça e do Reino Unido reportarem recuperação na produção de cobre, com melhora significativa no quarto trimestre de 2022, informou o Commerzbank. De acordo com o banco, a situação da commodity deve melhorar nos próximos trimestres, mudando projeções de déficit para superávit.
A instituição, no entanto, entende haver maior influência da demanda nos preços. “A queda no preço do cobre desde o início da semana provavelmente não se deve tanto às perspectivas de oferta, mas à diminuição do otimismo sobre as perspectivas de demanda, especialmente na China“, analisa o Commerzbank.
Entre outros metais negociados na LME, no começo da tarde, a tonelada do alumínio baixava 1,06%, a US$ 2.577,00; a do chumbo perdia 1,95%, a US$ 2.108,00; a do níquel cedia 4,83%, a US$ 28.550,00; a do estanho recuava 4,97%, a US$ 28.000,00; e a do zinco operava em baixa de 3,93%, a US$ 3.223,00.
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