O retorno dos Treasuries avançaram nesta segunda-feira, à medida que, desde o payroll, o mercado ainda é contaminado pela perspectiva de que o Federal Reserve (Fed) talvez tenha que manter juros altos por mais tempo do que o esperado anteriormente. Investidores se concentram cada vez mais nas falas dos banqueiros centrais, sendo que a grande expectativa é pelos comentários de amanhã do presidente do BC americano, Jerome Powell.
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No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos subia a 4,466%, o da T-note de 10 anos aumentava a 3,641%, e do T-bond de 30 anos avançava a 3,669%.
As expectativas de que o BC americano corte juros ainda neste ano desabaram de 40,6% de sexta-feira para 10% hoje. Segundo ferramenta do CME Group, ao fim deste ano, a chance vista como mais provável (37,1%) é que os juros nos EUA estejam na faixa entre 4,75% e 5,00%. Em segundo lugar, há 27,6% de chance de que os juros estarão na faixa atual e depois 20,8% que os juros fiquem em 5,0% a 5,25%.
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“É cada vez mais difícil argumentar que o Fed desacelerou a economia substancialmente o suficiente para devolver a inflação à meta. O relatório de empregos de sexta-feira faz com que essa esperança pareça remota”, comenta o Citi.”O aumento do desconforto de Powell provavelmente aparecerá em comentários entregues amanhã ao meio-dia. Não ficaríamos surpresos em ouvi-lo mencionar explicitamente que as condições financeiras não parecem ter desacelerado suficientemente a economia, e que o Fed provavelmente precisará pelo menos empurrar as taxas de juros para a faixa média de 5,0%-5,25% e possivelmente ainda mais”, acrescenta.
Em entrevista à Bloomberg, o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, disse hoje que o forte relatório de empregos de janeiro levanta a possibilidade de que o banco central precise aumentar as taxas de juros para um pico mais alto do que os formuladores de políticas esperavam anteriormente. Bostic reiterou que seu cenário base permanece para que as taxas atinjam 5,1%, em linha com a mediana das previsões de dezembro dos formuladores de políticas, e permaneçam lá ao longo de 2024.