A Genesis fechou um acordo global para negociar suas dívidas, segundo comunicado divulgado pela empresa na segunda-feira (6). A corretora de criptomoedas entrou com pedido de proteção contra falência em janeiro deste ano, listando mais de 100 mil credores.
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A resolução atenderá o Digital Currency Group (DCG), conglomerado do qual a Genesis é subsidiária, além de uma lista de credores não revelados. No total, essas partes detêm mais de US$ 2 bilhões em valores a receber da exchange.
Com o acordo, o DCG poderá trocar uma nota promissória de US$ 1,1 bilhão com vencimento em 2032 por ações preferenciais conversíveis a serem emitidas pelo grupo, como parte do plano do Chapter 11 – uma espécie de recuperação judicial nos Estados Unidos.
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A corretora também conseguiu realizar um acordo com a Gemini, que deve contribuir com US$ 100 milhões em fundos adicionais para usuários do Gemini Earn, como forma de ressarcir os clientes que tiveram seu dinheiro congelado com a falência da Genesis.
“O acordo de hoje é um passo positivo e fornece um caminho claro para uma resolução consensual que maximiza o valor aos credores”, disse Paul Aronzon, membro do Comitê Especial da diretoria da Genesis que tem liderado os esforços de reestruturação da empresa. O acordo continua sujeito à documentação definitiva e às aprovações judiciais necessárias.
Segundo uma reportagem publicada pelo jornal Financial Times nesta terça, o DCG começou a vender desde o fim de janeiro cerca de um quarto de suas ações no Grayscale Bitcoin Trust (GBTC) para levantar até US$ 22 milhões. O GBTC é um dos maiores fundos de ativos digitais do mundo. O grupo tem tentado acumular recursos para ajudar a subsidiária Genesis no processo de renegociação de dívidas.