Os retornos dos Treasuries caíram hoje, após oscilarem em direções opostas ao longo da sessão, em meio a uma rodada de comentários de dirigentes do Federal Reserve (Fed), que, em geral, sinalizaram a necessidade de continuidade do aperto monetário a fim de se combater a inflação. Além disso, os juros reagiram a um leilão do Tesouro americano com demanda acima da média.
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No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos caía a 4,420%, o da T-note de 10 anos perdia a 3,634%, e do T-bond de 30 anos tinha queda a 3,686%.
“A palavra mágica agora é ‘desinflação’ – o mercado está ficando obcecado com isso”, disse Charles-Henry Monchau, diretor de investimentos do Banco Syz, com sede em Genebra. No entanto, diretor do BC americano, Christopher Waller afirmou que a luta contra a inflação ainda não acabou e pode ser “longa”, com taxas de juros altas por mais tempo do que “alguns” esperam atualmente. Já o presidente do Fed de Nova York, John Williams, destacou que o banco central americano precisará manter a política monetária suficientemente restritiva por “alguns anos” para reduzir a inflação. O dirigente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, por sua vez, comentou que está mais inclinado para o lado hawkish. “É certamente possível que juros subam acima de 5%”, disse.
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À tarde, um leilão de US$ 35 bilhões em T-notes de 10 anos registrou yield (retorno) de 3,613%. A taxa bid-to-cover, um indicativo da demanda, ficou em 2,66 vezes, acima da média recente, de 2,49 vezes, de acordo com o BMO Capital Markets. Para o BMO, o resultado também fornece indicação confiável de que a força do mercado primário de títulos do Tesouro americano em janeiro foi apenas “o começo de um aumento sustentável na demanda”.