Os contratos mais líquidos do cobre recuaram nesta sessão, pressionados por um dólar forte e de olho em previsões sobre as próximas altas de juros por parte do Federal Reserve (Fed). Além disso, investidores alinham perspectivas para recuperação econômica global, frente a sinais de que a reabertura chinesa pode não corresponder às expectativas, levantando preocupações sobre demanda da commodity.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para março caiu 1,58%, a US$ 4,0105 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do metal para três meses caia 1,90% por volta de 15h10(de Brasília), a US$ 8.849,00.
Os contratos do cobre foram prejudicados por novas perspectivas de aumentos de juros por parte do Fed. Segundo o Deutsche Bank, dados recentes dos Estados Unidos indicam que a economia americana segue forte, o que deve levar o BC americano a seguir apertando a política monetária por mais tempo. Ainda, de acordo com análise, os dados também sustentam que o Fed não conseguirá realizar um pouso suave, com os EUA entrando em recessão, o que prejudicaria a demanda pela commodity.
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Economistas do Citi avaliam que o cobre parece modestamente pessimista no curto prazo. De acordo com eles, o mercado está precificando uma recuperação do crescimento global mais forte do que o projetado, considerando que a reabertura da China também pode decepcionar em meio às lutas contínuas do setor imobiliário e à fraca confiança do consumidor. O Citi cortou sua previsão de preço do cobre para três meses de US$ 10.000 a tonelada para US$ 8.500 a tonelada.
Em relatório a clientes, a Capital Economics aponta que as manifestações em andamento no Peru estão começando a sufocar atividade nas principais minas de cobre, o que pode impactar os preços do metal ao longo da semana. A consultoria analisa que as minas podem operar com capacidade limitada ou parar completamente sua produção, caso o suprimento de materiais permaneça “refém” das paralisações nas estradas. “Contudo, a indústria pode se recuperar rapidamente, caso os desligamentos sejam de curta duração. Portanto, não vamos alterar nossa previsão de crescimento no preço do cobre a US$ 9,250 por libra-peso até o final do ano”, avalia a Capital.
Entre outros metais negociados na LME sob mesmo vencimento, no horário citado, a tonelada do alumínio recuava 0,81%, a US$ 2.388,00; a do chumbo cedia 2,63%, a US$ 2.052,50; a do níquel tinha queda de 1,87%, a US$ 25.990,00; a do estanho baixava 0,75%, a US$ 26.475,00; e a do zinco recuava 2,99%, a US$ 3.005,00.
*Com informações da Dow Jones Newswires.
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