O dólar teve uma sessão marcada por fortes ganhos ante os principais pares do mundo hoje, após dado forte de varejo reforçar a tese de uma economia superaquecida nos Estados Unidos e ampliar as apostas por um aperto monetário mais prolongado do Federal Reserve (Fed).
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O índice DXY, que mede a moeda americana ante seis rivais fortes, fechou em alta de 0,67%, a 103,923 pontos. A divisa ganhou fôlego depois que o Departamento do Comércio dos EUA informou que as vendas no varejo do país avançaram 3% em janeiro ante dezembro, bem acima das previsões do mercado.
Junto com o mercado de trabalho resiliente, o indicador confirmou a visão de que a maior economia do planeta evitará uma recessão no primeiro trimestre, de acordo com a Capital Economics. O quadro deve manter o Fed firme no curso de aperto. “Agora há claramente riscos de alta em nossa previsão de que a taxa dos fed funds atingirá um pico ligeiramente abaixo de 5%”, diz.
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A força do dólar amplificou a pressão que a libra já vinha recebendo da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) do Reino Unido, que desacelerou em ritmo mais rápido que o esperado em janeiro. O desempenho contraria o discurso do Banco da Inglaterra (BoE), no entendimento do ING. “Ainda esperaríamos um aumento de 25 pontos-base nos juros em março, mas se essa tendência continuar, ela se inclinará fortemente para uma pausa em maio”, ressalta.
Nesse ambiente, a libra recuava a US$ 1,2026 perto dos fechamentos das bolsas de Nova York, enquanto euro caía a US$ 1,0688. À tarde, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, reiterou a intenção de subir juros em 50 pontos-base.
No horário em questão, o dólar também avançava a 134,15 ienes. Ante emergentes, a divisa americana se fortalecia a 192,4367 pesos argentinos, depois que a Reuters informou que o Banco Central da Argentina vai manter juros em 75% esta semana. Ontem, o país informou que a inflação ao consumidor acelerou mais uma vez no mês passado.