Os contratos futuros do cobre fecharam em queda em Nova York e operaram ao redor da estabilidade em Londres hoje, enquanto investidores ponderam a recuperação da demanda na China. Dados positivos no país asiático permitiram ganhos de até quase 3% no acumulado semanal, mas economistas levantam preocupações sobre perspectivas futuras.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para maio caiu 0,22%, a US$ 4,0670 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do metal para três meses subia 0,02% por volta de 15h30 (de Brasília), a US$ 8.927,50. Na semana, o cobre teve alta de 2,91% e 2,54%, respectivamente.
O Commerzbank observa que, no geral, os PMIs da China geraram uma surpreendente melhora no sentimento dos investidores, o que teria sustentando os preços apesar dos problemas na oferta começarem a reduzir.
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No entanto, o TD Securities analisa que ainda não existem “evidências convincentes” de uma grande demanda por metais associada com a reabertura da China. O banco de investimentos avalia que a recuperação acentuada nos pedidos de exportação foi o componente mais importante apresentado no PMI chinês. “Sem uma forte recuperação na demanda doméstica, o excesso de estoque pode continuar restringindo o apetite por metais daqui para frente”, projeta.
O TD também avalia que o alumínio deve se beneficiar dos cortes de energia na província de Yunnan, na China, prevendo que os incidentes podem provocar riscos anormais na cadeia de oferta.
No noticiário de hoje, o órgão regulador financeiro do Reino Unido abriu uma investigação contra a LME sobre a paralisação das negociações de níquel em mercados asiáticos no ano passado. A Autoridade de Conduta Financeira (FCA, na sigla em inglês) afirma que a investigação irá cobrir a conduta, os sistemas e os controles da bolsa desde o início de 2022 até a suspensão dos negócios em 8 de março. A LME poderá ser multada caso o órgão encontre irregularidades nas negociações.
Ainda no radar, o Commerzbank destacou que a LME não irá mais aceitar qualquer metal russo nos armazéns dos Estados Unidos, por conta das sanções internacionais. Segundo a bolsa, a medida foi criada para evitar risco de maior custo sobre as importações devido a tarifas punitivas ou dificuldades para o processo de importação em si dentro dos EUA, o que poderia depreciar os preços da LME ou causar distorções no mercado.
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O Commerzbank também avaliou que as negociações de metais básicos na próxima semana devem ser direcionadas por decisões do Congresso Nacional do Povo na China. Segundo o banco alemão, as commodities são “particularmente favoráveis” a se beneficiar caso o governo chinês decida implementar uma meta de crescimento acima de 5%.
Entre outros metais negociados na LME sob mesmo vencimento, no horário citado, a tonelada do alumínio avançou 0,10%, a US$ 2.398,50; a do chumbo caiu 0,02%, a US$ 2.127,50; a do níquel subia 1,20%, a US$ 24.450,00; a do estanho tinha alta de 0,80%, a US$ 24.715,00; e a do zinco tinha alta de 0,15%, a US$ 3.051,00.