A quarta-feira foi negativa para as principais bolsas globais, em movimento sequencial à sessão de ontem, quando os mercados reagiram com mau humor a uma rodada de indicadores mais fracos na economia americana. Hoje, foi a vez dos dados de emprego do setor privado (ADP) dos Estados Unidos, e do PMI de serviços norte-americano, ambos com leitura abaixo da expectativa, acenderem um novo alerta em relação à atividade do país.
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O setor privado dos EUA criou 145 mil vagas em março, que ficou bem abaixo da previsão dos analistas de 210 mil. Houve também um reforço nas chances de manutenção de juros pelo FED na reunião de maio, agora acima de 60%, segundo monitoramento do CME Group.
Já na Europa, a maioria das bolsas reagiu negativamente aos dados conhecidos pela manhã referentes ao
PMI de serviços da Zona do Euro e da Alemanha – que subiram menos do que as prévias, e decepcionaram após “spoiler” dado pela forte alta inesperada das encomendas à indústria alemã em fevereiro. A exceção, no entanto, veio de Londres, onde o PMI do Reino Unido veio acima das estimativas, e refletiu positivamente no índice londrino.
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Por aqui, além do ambiente externo desfavorável, a performance do Ibovespa foi penalizada pela terceira
queda consecutiva do minério de ferro. As ações da Petrobras, que passaram boa parte do dia no campo
negativo, após fala do ministro de Minas e Energia sobre a política de preços da empresa, se recuperaram no final da sessão e encerrou em alta.
Também pela manhã, as palavras moderadas feitas pelo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, em palestra em evento do Bradesco BBI, foram bem recebidas pelo mercado. No evento, Roberto Campos Neto disse reconhecer o esforço do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e de sua equipe econômica, e que o arcabouço fiscal elimina risco de cauda.
No final, o principal índice da bolsa brasileira encerrou o dia com queda de 0,88% aos 100.978 pontos,
com giro financeiro de R$ 23,4 bilhões. No mercado de câmbio, o dólar recuou 0,64% frente ao real.
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