A presidente da distrital do Federal Reserve (Fed) em Cleveland, Loretta Mester, relatou que os recentes impactos do estresse bancário serão importantes para o banco central “calibrar” sua estratégia de política monetária. Segundo a dirigente, dados da atividade econômica no geral, incluindo o aumento das incertezas, devem guiar as próximas decisões do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês).
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Mester ressaltou que o Fed tem promovido ações para endereçar os estresses que surgiram após a quebra do Silicon Valley Bank (SVB) e que não existe trade off entre estabilidade de preços e financeira, porque ambos são necessários para “uma economia saudável”. “Seremos cuidadosos para minimizar dor da jornada de redução dos preços”, garantiu.
Os dados servirão para entender a magnitude e duração dos efeitos do estresse bancário nas condições de crédito e quanto “precisamente” o Fed precisa apertar a política monetária para atingir nível suficientemente restritivo, acrescentou ela. “Minha visão é de que ainda temos problema com alta inflação e temos mais trabalho a fazer para controlá-la”, afirmou a dirigente. “A alta inflação está correndo padrões de vida e pode prejudicar ritmo de inovação, produção e crescimento da economia americana”.
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Para Mester, os bancos americanos devem ter melhor gerenciamento e tomar precauções em relação às altas de juros do Fed. “Bancos estão tentando fazer o melhor que podem em oferecer crédito, mas é uma situação desafiadora”, observou. Ela também declarou que dirigentes do Fed estão revisando regulações para evitar repetir os mesmos acontecimentos que levaram à quebra do SVB, e ressaltou os programas criados para facilitar a expansão da liquidez de capital dos bancos americanos.
Mester não vota nas decisões monetárias do FOMC neste ano.