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Treasuries: juros ficam sem sinal único, à véspera de CPI dos EUA

Indicador pode determinar os próximos passos da política do Federal Reserve

Treasuries: juros ficam sem sinal único, à véspera de CPI dos EUA
Foto: Envato Elements

Os rendimentos dos Treasuries operaram sem sinal único hoje, em uma sessão que antecede a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos em março, o que investidores monitoram pela possibilidade de determinar os próximos passos da política do Federal Reserve (Fed). Hoje, dirigentes comentaram o tema, além de falarem sobre as condições de crédito nos EUA. O dia contou ainda com a realização de um leilão de T-notes de 3 anos.

No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos avançava a 4,028%, o da T-note de 10 anos tinha alta a 3,429% e o do T-bond de 30 anos caía a 3,620%.

Na visão do BMO Markets, os investidores estão operando sob a suposição de que os dados de inflação de março revelarão impulso positivo suficiente nos preços ao consumidor para justificar outro aumento de um quarto de ponto na taxa básica de juros no próximo mês. De acordo com a mediana dos especialistas consultados pelo Projeções Broadcast, o CPI americano deve ter subido 0,2% em março na comparação com fevereiro, o que, se confirmado, será uma desaceleração ante os 0,4% de alta do mês anterior. Já anualmente, a expectativa é de avanço de 5,2% em março.

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O presidente da distrital do Fed em Nova York, John Williams, afirmou, nesta terça-feira, que considera “razoável” a expectativa por mais uma alta de 25 pontos-base nos juros em maio, que levaria a taxa básica ao pico entre 5,00% e 5,25%.

Já o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, recomendou hoje que a instituição seja “prudente” para avaliar os potenciais impactos dos recentes estresses no setor financeiro. Ele comentou que “boa parte” da turbulência recente “parece concentrada no setor de bancos regionais”, mas também não descartou que ocorra um aperto no crédito, como decorrência do episódio. A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, afirmou hoje que “não viu evidências que sugerem uma contração no crédito nos EUA”, e disse que não antecipa uma retração na economia americana, apesar de reconhecer riscos.

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos informou que um leilão de US$ 40 bilhões em T-notes de 3 anos registrou yield (retorno) de 3,810%. A taxa bid-to-cover, um indicativo da demanda, ficou em 2,59 vezes, um pouco abaixo da média recente, de 2,60.

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