- O futuro dos pagamentos com a contribuição do universo cripto é promissor e, certamente, ainda nos reserva muitas surpresas e avanços
- A rápida evolução das tecnologias e a crescente adoção por parte do público em geral indicam que estamos caminhando para um ecossistema financeiro mais democrático e eficiente
Em um mundo cada vez mais conectado e digitalizado, a forma como lidamos com dinheiro e pagamentos está passando por uma profunda transformação. O Real Digital, o PIX e as stablecoins são três inovações que estão revolucionando o sistema financeiro e moldando o futuro dos pagamentos e do universo cripto.
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O Real Digital é uma iniciativa do Banco Central do Brasil (BCB), que busca criar uma moeda digital emitida pela autarquia com base na tecnologia DLT, semelhante à chamada blockchain. Com o projeto evoluindo rapidamente e atraindo cada vez mais interessados no debate, o BCB mostra que está atento à evolução do mercado e comprometido em criar soluções eficientes para a sociedade.
Enquanto isso, o PIX já se tornou um sucesso absoluto no Brasil. O sistema de pagamentos instantâneos desenvolvido pelo BCB tem facilitado a vida de milhões de pessoas, permitindo transações rápidas, seguras e gratuitas. O sucesso do PIX é um indicativo da capacidade do BCB de entregar uma infraestrutura importante para o mercado.
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As stablecoins surgiram para reduzir a fricção entre o universo cripto e o sistema bancário tradicional, atuando como uma ponte entre os dois mundos. Com seu valor vinculado a moedas fiduciárias, especialmente o dólar, as stablecoins possibilitam a realização de transações denominadas em dólares dentro das chamadas exchanges e a transferência rápida desses valores entre plataformas e carteiras de usuários.
Recentemente, as stablecoins ganharam ainda mais destaque no mundo das finanças descentralizadas (DeFi). Elas oferecem um meio estável de troca e unidade de conta, permitindo que os usuários realizem transações e participem de protocolos DeFi de maneira mais simples. Além disso, stablecoins como USDC e DAI são frequentemente usadas como moeda base para empréstimos, garantias e transações nessas plataformas, facilitando o desenvolvimento de produtos e serviços financeiros inovadores.
Com a expansão da indústria cripto, surgiram novas opções, representando outras moedas fiduciárias. Recentemente o MB listou o GYEN, stablecoin pareada com o iene japonês, e planeja a listagem da EUROC, pareada com o euro, para o próximo mês de maio. Essas alternativas buscam atender à demanda dos investidores cripto interessados em ficar expostos sinteticamente a essas moedas fiduciárias.
A aprovação recente da Lei nº 14.478/2022 avança na regulação do mercado cripto no Brasil, criando um ambiente mais seguro e propício para a expansão dessa indústria. Nesse contexto, a MBRL, stablecoin criada pelo Mercado Bitcoin e pareada com o real, pode desempenhar um papel fundamental na expansão do potencial do Real Digital e do PIX.
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O presidente do BCB, Roberto Campos Neto, afirma frequentemente que “estamos migrando para uma economia tokenizada”. É a ideia de que tudo – absolutamente tudo – poderá ser tokenizado, desde dinheiro e investimentos até carros e casas. Stablecoins como o MBRL contribuem para esse mundo tokenizado, expandindo as possibilidades de interação e oferta de produtos e serviços para o público em geral.
No universo DeFi, dar criptoativos ou ativos tokenizados como garantia e tomar empréstimos é um processo simples e seguro. Os usuários depositam seus criptoativos em protocolos confiáveis, como Aave ou Compound, que mantêm os ativos em contratos inteligentes como garantia. Com base na taxa de colateralização exigida, os usuários podem tomar empréstimos em stablecoins ou outras criptomoedas.
Os empréstimos são concedidos automaticamente pelo contrato inteligente e os usuários pagam juros sobre o valor emprestado. Ao liquidar o empréstimo, os usuários recuperam sua garantia após o pagamento do valor principal e dos juros acumulados.
Este processo é a recriação de uma parte da função bancária no formato de um contrato inteligente. Com a possibilidade de ter seus ativos na forma tokenizada e com uma stablecoin como o MBRL disponível, qualquer pessoa terá o potencial de tomar empréstimos de forma mais simples, barata e justa. O temido spread bancário estará fora da equação, possibilitando benefícios para a sociedade como um todo.
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À medida que o Real Digital, o PIX e as stablecoins evoluem e se integram, podemos esperar um futuro financeiro mais ágil, eficiente e inclusivo. O BCB tem demonstrado habilidade e visão ao promover a inovação e a integração dessas tecnologias, estabelecendo as bases para um sistema financeiro mais moderno e resiliente. Some-se a tudo isso a força dos empreendedores, locais e estrangeiros, seguros de que disputam um jogo justo por conta de uma regulação bem feita e que promova a inovação.
O futuro dos pagamentos com a contribuição do universo cripto é promissor e, certamente, ainda nos reserva muitas surpresas e avanços. A rápida evolução das tecnologias e a crescente adoção por parte do público em geral indicam que estamos caminhando para um ecossistema financeiro mais democrático e eficiente.