Os rendimentos dos Treasuries operaram em alta hoje, em um dia marcado pelo fortalecimento das perspectivas de uma alta de juros de 25 pontos base pelo Federal Reserve (Fed) na sua reunião de maio. A visão foi consolidada com declarações do dirigente do Fed Christopher Waller e com a divulgação de indicadores da economia americana. O movimento representou alguma reversão para os juros, que vinham pressionados nos últimos dias diante de sinalizações de uma desaceleração na inflação.
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No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos tinha alta a 4,101%, o da T-note de 10 anos avançava a 3,515% e o do T-bond de 30 anos subia a 3,737%.
“Wall Street ficou assustada após os fortes resultados do JPMorgan, elevando as expectativas de inflação, e algumas falas duras do Fed, apoiando a ideia de que o Fed poderia aumentar as taxas não apenas em maio, mas também em junho”, disse Edward Moya, da Oanda, em nota.
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Em evento econômico, Waller reafirmou que o Fed ainda tem trabalho a fazer, diante da persistência da inflação e da força do emprego americano, levando à ferramenta do CME Group a aumentar as chances de uma alta de 25 pontos-base na próxima decisão de juros, em maio. Nesta tarde, a possibilidade era de 81,2%, ante chance de manutenção de juros, que era de 18,8%. Também falando hoje, o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, destacou a persistência da inflação nos EUA, o que, segundo o ING, junto à fala de Waller, deixou clara a mensagem de que o BC americano deverá aumentar taxa em maio.
O movimento nas expectativas de juros também foi suportado pelo avanço de 0,4% da produção industrial dos EUA em março ante fevereiro e mesmo após queda de 1,0% das vendas do varejo, além do esperado, no mesmo período. Sobre o varejo, a Oxford Economics destaca que o BC americano deverá esperar mais evidências de uma desaceleração não só no setor, mas no crescimento da economia em geral, e acrescenta que continua prevendo alta de 25 pb nos juros em maio.
As vendas de Treasuries foram potencializadas por dados da Universidade de Michigan, que apontaram para avanço significativo nas expectativas da inflação para 12 meses, de 3,6% em março a 4,6% na preliminar de abril.
Com informações da Dow Jones Newswires
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