As ações da Companhia de Tecidos Norte de Minas (Coteminas) (CTMN3) subiram 100% às 11h50 desta segunda-feira (24), após acordo da empresa com a gigante asiática Shein para fornecimento no Brasil.
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O acordo vem na esteira de um acirramento do cerco regulatório do governo federal em relação ao varejo asiático. A negociação prevê que 2 mil dos clientes confeccionistas da Coteminas passem a ser fornecedores da Shein para atender os mercados doméstico e da América Latina.
A Coteminas pertence ao atual presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, que participou de uma reunião na quinta-feira com com representantes da Shein e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltada especialmente para o fast fashion.
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Segundo Haddad, o empresário intermediou o entendimento com a Shein após a controvérsia da tributação. Josué sempre foi considerado próximo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já que é filho de José Alencar, falecido em 2011, que foi vice nos dois primeiros mandatos do presidente.
O acordo é mais um passo no projeto da Shein de nacionalizar 85% das vendas em quatro anos, com produtos feitos no Brasil. A plataforma chinesa anunciou que fará investimentos de cerca de R$ 750 milhões no setor têxtil brasileiro e vai gerar até 100 mil empregos indiretos no País nos próximos três anos.