Os contratos futuros de cobre fecharam em baixa hoje, em um dia no qual os temores com o setor bancário e os riscos de uma recessão pressionaram diversos ativos, incluindo as commodities. Analistas apontam este cenário como a razão para a queda recente nos preços do metal, mas divergem sobre o panorama futuro para as cotações da commodity.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre para maio encerrou os negócios com baixa de 1,82%, a US$ 3,8625 por libra-peso. Já na London Metal Exchange (LME), por volta das 14h10 (de Brasília), o cobre para três meses recuava 0,80%, a US$ 8.527,00 por tonelada.
Os temores de recessão na economia global foram uma força que pressionou os preços dos metais industriais no mês passado – mas os analistas veem motivos para o cobre avançar em um ambiente de possível recessão. Em nota, analistas da Goldman Sachs Commodities Research dizem que a demanda da China por cobre atendeu às expectativas mais altas – crescendo 4% ano a ano até agora em 2023. O Goldman Sachs prevê que os preços do cobre podem subir até 25% nos próximos 12 meses. “Nossa previsão para o déficit global de cobre no ano inteiro permanece praticamente inalterada”, disse o banco. “Permanece o risco de o volume macro deprimir o preço do cobre, na ausência de um choque de crescimento real, isso servirá apenas para reforçar o caminho do déficit e eventual necessidade de um aumento no preço da escassez”, avalia.
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Por outro lado, o TD Securities vê riscos elevados de que os preços do cobre imprimam novas mínimas à medida que as atenções se voltam para a liberação de um tesouro de cobre de US$ 2 bilhões de uma mina africana, que pode inclinar notavelmente a balança e diminuir ou aumentar a disponibilidade de metal em um ano em que o consenso espera um delicado equilíbrio do mercado.
Entre outros metais negociados na LME, também no horário citado acima, a tonelada do alumínio subia 2,50%, a US$ 2.357,50; a do níquel avançava 2,53%, a US$ 24.900,00; a do estanho tinha alta de 1,91%, a US$ 26.650,00; a do zinco cedia 1,74%, a US$ 2.600,00; e a do chumbo registrava alta de 0,42%, a US$ 2.159,50.