Os rendimentos dos Treasuries recuaram nesta terça-feira, à medida que a persistência de tensões no setor bancário se contrapôs a expectativa consolidada por um aumento de 25 pontos-base nos juros do Federal Reserve (Fed) amanhã. O impasse sobre o teto da dívida americana também ficou no radar de investidores.
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No fim da tarde em Nova York, o retorno da T-note de 2 anos caía a 3,969%, o da T-note de 10 anos baixava a 3,428% e o do T-bond de 30 anos cedia a 3,707%.
Após o desfecho do estresse com o First Republic ontem, vendido ao JPMorgan, investidores especulam que instituições financeiras podem ser as próximas de uma sequência de quebras que se iniciou em março com Silicon Valley Bank (SVB). PacWest e Western Alliance emergiram como potenciais candidatos e despencaram em Nova York, em um movimento que espalhou cautela pelo mercado e ampliou a demanda pela segurança dos Treasuries.
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Para o BMO Capital Markets, os eventos de hoje não devem ser suficientes para impedir uma nova elevação de 0,25 ponto porcentual amanhã. No entanto, o banco avalia que o estresse pode diminuir o horizonte de manutenção dos juros em níveis restritivos.
“A única conclusão direta para o Fed é que esta semana tornou difícil imaginar uma alta de juros ‘hawkish'”, ressalta, em referência à possibilidade de o Fed indicar disposição em preservar a política monetária apertada por muito tempo.
As incertezas sobre o teto da dívida americana complicam ainda mais o cenário. Ontem, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, alertou que o governo pode ficar sem recursos para honrar compromissos a partir de 1° de junho, se o limite do passivo público não for alterado. Na esteira, os retornos da T-bill de um mês teve forte alta, embora o movimento tenha arrefecido depois.