- A reduflação é uma tática comercial para não precisar aumentar os preços, diminuindo a quantidade ou até mesmo a qualidade dos produtos
- Esse é um fenômeno que ocorre no mundo inteiro, principalmente em períodos de alta na inflação, como o que é visto nos dias de hoje
- Dados da consultoria Horus mostram, por exemplo, que o sabão em pó para roupas chegou a aumentar 20% entre julho de 2021 e julho de 2022, enquanto o volume médio da embalagem caiu 5,4%
Imagine uma noite no restaurante favorito e, ao ver o prato de sempre chegar à mesa, o cliente nota que a refeição está um pouco menor do que de costume. Tal situação pode ser definida, em linhas gerais, como um caso clássico da reduflação, uma tática comercial para evitar aumentar os preços por meio da diminuição da quantidade – ou até mesmo a qualidade – do produto.
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Empresas do mundo inteiro utilizam essa prática, principalmente em períodos de alta na inflação, como os atuais. Nos Estados Unidos, a reduflação recebe o nome de shrinkflation (shrink = encolher; inflation = inflação).
No supermercado, são comuns as reduções de pesos, medidas ou unidades em barras de chocolate, alimentos da cesta básica, papel higiênico, shampoo e outros itens. Veja aqui os produtos que recentemente reduziram de tamanho nas gôndolas.
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O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) afirma que o principal motivo para as marcas adotares a estratégia está na redução do poder de compra da população – cerca de 30% nos últimos cinco anos.
Ou seja, o consumidor está pagando o mesmo, ou até mais, por um produto que foi colocado no mercado com menor quantidade ou qualidade, às vezes os dois. Essa medida, no entanto, não fere a lei e é utilizada por empresas como forma de manter sua posição no mercado. A alteração, porém, precisa estar descrita de forma evidente na embalagem do produto.
Com a colaboração de Luiz Araújo: [email protected]