As expectativas de que um acordo para elevar o teto da dívida dos Estados Unidos estaria próximo de ser fechado impulsionaram os ativos de risco e, assim, as bolsas na Europa e em Nova York avançaram. Nem mesmo a leitura do PCE -dado de inflação que é referência para a política monetária do Federal Reserve –que avançou na leitura anualizada e ficou acima do esperado, mudou o rumo dos negócios.
Fato é que o indicador de inflação é mais um tempero em meio aos recentes indicadores de atividade que desafiam o atual plano de voo do banco central norte-americano. Nesse contexto, as apostas de uma nova elevação de 0,25 p.p. na próxima reunião do Fed já é majoritária. Assim, o payroll –dado de geração de emprego –na próxima semana, será o principal destaque na agenda internacional, e naturalmente, qualquer surpresa que reforce a percepção de um mercado de trabalho resiliente contribuirá com as apostas de continuidade no ciclo de alta das fed funds.
Aqui no Brasil, a melhora observada no exterior e a expectativa de início de queda da Selic em breve, após novos sinais de alívio da inflação doméstica, apoiaram a alta do Ibovespa. O avanço das commodities, em meio a relatos de que a China estaria estudando novas medidas de estímulo à economia, também contribuíram para o viés positivo. Com isso, o Ibovespa encerrou com alta de 0,77% aos 110.906 pontos e giro financeiro de R$ 22 bilhões.
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Já na curva de juros, a maioria dos vértices deu sequência aos ajustes para baixo. No mercado de câmbio, o Dólar desvalorizou 0,93% frente ao Real, cotado aos R$ 4,99. Para a próxima semana, o destaque da agenda fica por conta do payroll nos EUA, enquanto no Brasil a agenda é cheia, com IGP-M de maio, PIB do 1T23 e os dados do mercado de trabalho -tanto geração de vagas (Caged) quanto a taxa de desemprego (Pnad Contínua).