Os retornos dos Treasuries caíram hoje, com investidores monitorando a tramitação do projeto de lei para elevar o teto da dívida do governo federal nos Estados Unidos. Além disso, declarações de um dirigente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) estiveram como foco.
No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos recuava a 4,444%, o da T-note de 10 anos tinha baixa a 3,687% e o do T-bond de 30 anos caía a 3,890%.
Os retornos estavam mistos no início do dia, mas depois assumiram sinal negativo. Em Washington, algumas vozes democratas e republicanas faziam críticas ao acordo para elevar o teto, fechado entre o presidente americano, Joe Biden, e a o da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy. O próprio McCarthy disse estar confiante no apoio republicano e minimizou o risco de uma insurgência em parte de sua bancada contra ele.
Na avaliação do BMO Capital, mesmo que o processo legislativo não esteja encerrado, investidores têm “confiança suficiente para iniciar uma inevitável reprecificação” no mercado de Treasuries. O banco de investimentos aponta também que há um foco importante nos dados do relatório mensal de empregos (payroll), que sai nesta sexta-feira.
Na agenda de indicadores, o índice de confiança do consumidor dos EUA elaborado pelo Conference Board caiu de 103,7 em abril (dado revisado, de 101,3 antes informado) a 102,3 em maio, segundo o Conference Board.
Já entre dirigentes do Fed, Tom Barkin, presidente da distrital de Richmond, comentou que a inflação segue “muito elevada” e disse que ela deve se mostrar mais “teimosa” do que muitos previam e ainda “parece muito elevada”. Barkin não adiantou o que pode defender na próxima reunião, e enfatizou que o BC americano está agora bastante dependente dos indicadores para seus próximos passos. No monitoramento do CME Group, no fim da tarde havia 68,8% de chance de uma alta de 25 pontos-base nos juros em 14 de junho pelo Fed, com 31,2% de possibilidade de manutenção.