O contrato mais líquido do ouro fechou em baixa hoje, pressionado pelo avanço nos rendimentos dos Treasuries, que competem como ativo de segurança com o ouro, que não rende juros. O movimento foi impulsionado por uma perspectiva de maior aperto monetário pelos bancos centrais, o que ganhou força depois de algumas decisões recentes de alta nas taxas de juros.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para agosto fechou em baixa de 1,16%, a US$ 1.949,90 por onça-troy.
“A incerteza em relação às reuniões de taxas de juros nos próximos meses aumentou significativamente recentemente. Alguns veem uma chance de um aumento dos juros já na próxima reunião de junho, outros esperam tal movimento para a reunião de julho”, aponta o Commerzbank. Hoje, após o BC canadense surpreender e eleva os juros em 25 pontos-base (pb), em movimento parecido ao BC da Austrália ontem, os temores de uma elevação similar pelo Federal Reserve (Fed) no dia 14 de junho se intensificaram. As chances de elevação de 0,25 ponto porcentual pelo BC americano aumentaram de 21,8% para 36,8%, segundo a ferramenta FedWatch do CME Group.
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Para o Commerzbank, embora o mercado tenha revisto para cima as suas expectativas de taxa de juros para o curto prazo, ao mesmo tempo ainda sustenta que o Fed voltará a baixar suas taxas no final do ano. “No entanto, nossos especialistas nos EUA acham que isso é improvável em vista da inflação persistentemente alta”, afirma o banco alemão. Em abril, os preços ao consumidor nos EUA subiram novamente 0,4% em relação ao mês anterior, com inflação de 4,9%. “Além disso, a taxa básica excluindo os preços de energia e alimentos também se estabeleceu recentemente em 5% e, portanto, permanece bem acima da meta de inflação de 2% do banco central. As taxas de juros americanas, portanto, não devem ser reduzidas até o final do ano”, projeta.