A Bolsa brasileira anda “de lado” nesta quarta-feira (21), alternando sinais de alta e baixa, mas sempre oscilando em um intervalo estreito. O principal evento do dia será a reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que deverá manter os juros básicos da economia inalterados, mas poderá acenar com a possibilidade de redução da taxa Selic a partir de agosto.
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Segundo Fabrizio Velloni, economista-chefe da Frente Corretora, o comportamento lateral do Ibovespa hoje mostra não apenas a expectativa dos investidores pela decisão do comitê, mas também um ambiente ainda repleto de incertezas.
“Na hipótese de o Copom realmente abrir espaço para cortes de juros, não se sabe de qual maneira isso será feito. O investidor também tem dúvidas quanto ao ritmo de crescimento da China e se o mercado de commodities continuará aquecido. Nos Estados Unidos, a dúvida é saber o que acontecerá com os juros, uma vez que o Fed interrompeu os aumentos de juros, mas sinalizou que não encerrou o ciclo”, disse o economista, citando ainda o arcabouço fiscal (aprovado hoje na CAE do Senado) e a reforma tributária.
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Por conta dessas dúvidas, Velloni acredita que o Ibovespa já está em um patamar de equilíbrio, que o torna atrativo para realização de lucros. Somente no acumulado de junho, o índice já tem ganhos acima de 10%. Para avançar rumo a novos patamares, acredita o profissional, é necessário que algumas das variáveis citadas sejam definidas.
Às 11h27, o Ibovespa tinha 119.631,99 pontos, praticamente estável (+0,01%). Petrobras ON e PN subiam 2,97% e 2,91%, nesta ordem. Já Vale ON perdia 0,74%.