Abertura de Mercado: desaceleração econômica na China, Fórum do BCE e discussões sobre o Legislativo pautam a bolsa nesta quarta-feira

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Os investidores começam esta quarta-feira (28) em tom apreensivo, reagindo às notícias de que o lucro das principais empresas industriais chinesas caiu entre janeiro e maio em comparação anual
O Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, se reuniu com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), para discutir a agenda econômica no Legislativo
Os principais destaques econômicos discutidos foram o arcabouço fiscal e a reforma tributária, que serão votadas no Senado e na Câmara, e as sabatinas com os indicados para as diretorias do Banco Central

Os investidores começam esta quarta-feira (28) em tom apreensivo, reagindo às notícias de que o lucro das principais empresas industriais chinesas caiu entre janeiro e maio em comparação anual, além dos Estados Unidos cogitarem novas restrições às exportações de chips de inteligência artificial para o gigante asiático.

Dessa forma, os índices futuros de Nova York sugerem um dia negativo nos EUA, enquanto os principais mercados europeus exibem pequenos ganhos pela manhã. Para além das bolsas, os contratos futuros do petróleo se mostram instáveis, refletindo as dúvidas relacionadas à demanda e uma queda nos estoques norte-americanos, enquanto os preços futuros do minério de ferro tiveram ganhos de 2,47% na madrugada em Dalian.

Os ânimos também devem ser limitados nos mercados nacionais. O foco dos investidores deve recair sobre o ambiente político, especialmente depois que o Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, se reuniu com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), para discutir a agenda econômica no Legislativo na próxima semana.

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Os principais destaques econômicos discutidos foram o arcabouço fiscal e a reforma tributária, que serão votadas no Senado e na Câmara, e as sabatinas com os indicados para as diretorias do Banco Central, de Gabriel Galípolo (Política Monetária) e Ailton Aquino (Fiscalização), também no Senado.

Agenda econômica

Brasil: Sem maiores indicadores econômicos, a agenda de eventos contará com o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2023/2024 (10h). Durante a tarde, o Tesouro Nacional divulga o Relatório Mensal da Dívida Pública de maio (14h30) e, em seguida, o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Luís Felipe Vital, comentará os resultados e o panorama de mercado de junho (15h).

EUA: Saem dados semanais de estoques de petróleo (11h30) e o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) divulga o resultado dos testes de estresse dos bancos (17h30).

Europa: O Fórum do Banco Central Europeu contará com um painel de peso nesta manhã (10h30), com a presença dos presidentes de Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, Banco da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey, e Banco do Japão (BoJ), Kazuo Ueda, assim como da diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos do Banco Central brasileiro, Fernanda Guardado. Mais cedo, entre os indicadores, o índice de Clima de Consumidor Alemão (GFK) apontou que a confiança na Alemanha deve piorar pela primeira vez em nove meses, refletindo um clima mais incerto para os gastos das famílias, já que as perspectivas econômicas do país continuam sombrias após a recessão no período de inverno.

China: O lucro das principais empresas industriais caiu 18,8% entre janeiro e maio em relação a igual período do ano passado. Apenas em maio, porém, o lucro caiu em ritmo anual mais lento do que em abril, de 12,6%