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Como está o Ibovespa no último dia de junho?

Bolsas no exterior, a queda do dólar e meta da inflação contribuíram com a cotação

Como está o Ibovespa no último dia de junho?
O ibovespa é o principal índice da B3 (Foto: Envato Elements)

O Índice Bovespa opera em alta moderada nesta sexta-feira (30), caminhando para encerrar junho com ganhos expressivos, em torno de 10%. O sinal positivo ocorre em sintonia com as bolsas no exterior e a queda do dólar e também é puxado por uma percepção positiva com o cenário doméstico. A manutenção da meta de inflação em 3% para 2024 decidida ontem pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) continua a promover o recuo das taxas de juros no mercado futuro, assim como ocorreu no final da tarde de ontem, o que ajuda a dar impulso às ações.

Em Nova York, as bolsas avançam mais de 1%, com os investidores repercutindo o índice de preços de gastos com consumo (PCE) dos EUA, que avançou 0,1% em maio ante abril, em linha com a projeção de analistas. Na comparação anual, a alta foi de 3,8%, desacelerando em relação ao aumento anual de 4,4% no mês anterior e também em linha com as estimativas. O núcleo do PCE teve crescimento de 0,3% no mês passado ante o anterior, abaixo da projeção de analistas, de 0,4%.

No Brasil, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que o País apresenta hoje “todos os cenários” para que haja um recuo robusto na taxa de juros a partir de agosto. Tebet destacou que, além da desaceleração da inflação, as quedas nas taxas de juros de longo prazo e a aprovação do novo arcabouço fiscal corroboram esse cenário, que atualmente é muito diferente do observado em 2022. Tebet também afirmou que está otimista com a votação do novo arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados, após ajustes feitos pelo Senado no texto da proposta.

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Para Felipe Jaguaribe, sócio da Legend Capital, o Ibovespa mostra nos ganhos de ontem e hoje que as quedas dos primeiros pregões da semana eram uma realização de lucros, uma vez que os ganhos do mês foram bastante expressivos, movidos por questões específicas do cenário doméstico e da conjuntura internacional.

Na avaliação do economista Pedro Paulo Silveira, o mercado ainda repercute a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) de manter a meta de inflação em 3% para 2024, conforme já havia sido sinalizado pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento). Embora a decisão tenha sido conforme o esperado, afirma, o mercado futuro de juros reduz os prêmios de risco hoje, o que beneficia o mercado de ações.

Às 11h43, o Ibovespa tinha 119.266,97 pontos, em alta de 0,75%. As ações de commodities têm desempenho essencialmente negativo, que é compensado pelos avanços em ações dos setores financeiro, imobiliário e de consumo.

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