O petróleo avançou na sessão desta quarta-feira (12), com o Brent (referência global do óleo) superando a marca de US$ 80 pela primeira vez desde maio e atingindo o nível máximo desde abril de 2023, com os contratos favorecidos pela desaceleração do dólar ante outras divisas após o índice de preços ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) dos Estados Unidos desacelerar além do esperado, na leitura anual. O dado levou a analistas a considerarem a possibilidade do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) ser menos rígido nas próximas decisões monetárias após julho. Os ganhos, entretanto, foram limitados pela alta dos estoques da commodity dos EUA, ante projeção de queda.
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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para agosto fechou em alta de 1,23% (US$ 0,92), a US$ 75,75 o barril, enquanto o Brent para setembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 0,89% (US$ 0,71), a US$ 80,11 o barril.
O CPI americano avançou 3,0% em junho, na leitura anual, enquanto seu núcleo teve incremento de 4,8%. Ambos os dados foram abaixo da expectativa de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, dado fôlego a commodities no geral. O número, segundo a Oxford Economics, forneceu novos debates sobre o que será necessário nas decisões monetárias após este mês.
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Na visão de Craig Erlam, da Oanda, qualquer coisa que possa permitir um pouso suave nos EUA é bom para os preços do petróleo. Segundo o analistas, o Brent acima de US$ 80 pode beneficiar também o barril do WTI a superar outros suportes. Ainda, Erlam avalia que “o movimento de alta também sugere que os esforços mais recentes da Arábia Saudita e da Rússia estão trabalhando para apertar os mercados e aumentar os preços após vários esforços fracassados”.
Entretanto, o petróleo teve o ganho limitado pela alta, ante expectativas de queda, dos estoques dos Estados Unidos, segundo o Departamento de Energia do país.