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Comportamento

Gestores explicam como é cuidar de fundos em home office

Experiência do trabalho remoto trouxe muitos ganhos e algumas perdas

Por Thiago Lasco

08/09/2020 | 19:38 Atualização: 08/12/2023 | 17:36

Marcelo Giufrida, CEO da Garde Asset, sente falta do contato humano (Crédito: arquivo pessoal)
Marcelo Giufrida, CEO da Garde Asset, sente falta do contato humano (Crédito: arquivo pessoal)

Ao longo de quase 20 anos de atuação, a gestora AZ Quest abriu poucas exceções para evitar o trabalho presencial. Home office era só para casos pontuais, como algum sócio que se recuperasse de uma cirurgia. Logo no início da pandemia, porém, um membro da equipe testou positivo para o coronavírus – e o jeito foi agir rapidamente. Em três dias, 95% do time já estava em quarentena.

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“Como não sabíamos mais quem havia feito reuniões com quem e em que data, criamos um protocolo para toda a empresa. Apenas o pessoal de TI continuou no escritório para dar suporte ao trabalho remoto dos demais”, diz o CIO da gestora, Alexandre Silvério.

Talvez nem todos os gestores tenham vivido uma correria semelhante, mas, com a pandemia batendo à porta, todos precisaram transformar suas rotinas, e o home office passou de exceção a regra. O E-Investidor conversou com alguns desses gestores para saber como foi essa adaptação e como tem sido gerir um fundo de forma remota.

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Com muitos ganhos e algumas perdas, eles têm feito uma avaliação positiva da experiência.

Meu posto de trabalho é a minha casa

A Garde Asset fez uma primeira etapa de teste com pouco mais de 30% da equipe, por uma semana, antes de mandar todos para casa em tempo integral. Hoje, o contato entre deles se dá principalmente pelas plataformas Zoom e Microsoft Teams, e eventualmente por Webex e Google Meet, a pedido de parceiros e fornecedores.

O CEO Marcelo Giufrida mora em uma casa ampla e fez algumas adaptações no espaço para a nova rotina. Trouxe um segundo computador, fez espelhamento com as máquinas do escritório e montou uma estrutura para fazer lives e gravar vídeos para o You Tube.

“Foi só acertar a iluminação e o silêncio. Meus filhos não moram mais comigo, então não foi complicado”, diz.

Trabalhando de casa desde a última semana de março, Henrique Bredda, sócio da gestora Alaska, estranhou muito os dois primeiros dias de home office. Mas depois, concluiu que o trabalho não havia mudado tanto assim.

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“O mercado financeiro continua funcionando normalmente. Posso comprar e vender os ativos que quiser, tirar dúvidas com outros sócios, só não estamos mais nos vendo fisicamente”, afirma.

Instalado em uma estação de trabalho que reproduz fielmente a de seu escritório, Silvério diz que a maior preocupação da gestora, além da saúde dos colaboradores, foi preservar a integridade do processo de investimento.

“Não queríamos perder o nosso canal de discussão e, com isso, comprometer as etapas do processo de decisão, sob o ponto de vista de gestão do fundo”, afirma. “E assim foi feito: as reuniões diárias, os comitês semanais e mensais, tudo prosseguiu, de forma remota.”

Produtividade das reuniões aumentou

Para a surpresa dos três gestores, as reuniões ficaram muito mais produtivas no ambiente virtual. Agora, elas vão direto ao que interessa.

“Em encontros presenciais, antes da reunião propriamente dita, sempre tem aquela conversa sobre amenidades, o jogo de futebol da véspera, uma certa perda de tempo. No Zoom, é direto ao ponto”, compara Bredda.

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Como o celular é, ao mesmo tempo, instrumento de trabalho e fonte de distração, com redes sociais, não era raro ver na mesa de reunião alguém entretido com o gadget. Isso também mudou com as conferências virtuais, diz o gestor da Alaska. “Agora o celular é 100% trabalho, a pessoa fica vidrada na tela, é até deselegante olhar para o lado”.

Silvério faz coro com ele e diz que o engajamento nas reuniões só fez crescer. “As pessoas buscaram estar ainda mais presentes, de forma contributiva, gerando novas ideias. Talvez até pela dificuldade do momento, elas entenderam que todos precisam se ajudar.”

Outro ganho notável veio com a eliminação dos deslocamentos. Isso trouxe economia de tempo, agilidade e até um contato mais próximo com clientes e parceiros. Não é mais preciso atravessar a cidade, nem pegar um avião, para fazer essas reuniões.

“Agora todos chegam até antes da hora, uma pontualidade suíça”, brinca Giufrida. “E, com alto-falante e microfone, 20 pessoas ouvem tudo com a mesma qualidade, não fica mais aquele mercado do peixe”, diz.

Trabalha-se o dobro? Na verdade, não

Outra surpresa, desta vez do repórter, foi a constatação de que nem todo mundo está trabalhando dobrado na pandemia. Os três entrevistados conseguiram manter a carga de trabalho de antes, com hábitos e horários praticamente inalterados.

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Alexandre Silvério e os sócios, por exemplo, conectam-se todos os dias religiosamente às 8h30 para uma reunião matinal e cumprem o mesmo expediente de sempre. Henrique Bredda começa entre 8h e 9h e, das 12h às 13h30, faz uma pausa para almoçar. O fim da tarde tem a hora mais intensa do fechamento do mercado, entre 17h e 18h, e depois começa o que ele chama de phase out, um desligamento gradual – interrompido apenas para dar aquela olhadinha noturna nos mercados da Ásia e no S&P.

A diferença é que tudo isso passou a ser feito com mais informalidade. Bredda agora só trabalha de camiseta e calça jeans e não quer saber de outra coisa. Mais sério, Silvério optou por manter o figurino corporativo, mas se permitiu trocar os sapatos por chinelos. E Giufrida confessa que ainda veste social, “mas só da cintura para cima”.

Maior contato com a família não tem preço

Mais importante que a flexibilidade no vestuário, porém, é a liberdade para passar mais tempo com a família. A nova rotina permite que eles estejam mais presentes em casa e, ao mesmo tempo, possam ser acionados pela gestora quando necessário.

“Fiquei muito mais disponível para os dois lados, é como se eu ainda estivesse no escritório o dia todo. Ao mesmo tempo, se antes saía para almoçar com sócios e gestores, agora faço isso todo dia com a minha família”, diz Silvério.

O gestor da AZ Quest agora encontra tempo para ajudar os três filhos, duas gêmeas de 15 anos e um rapaz de 13, a resolver equações de segundo grau. Em julho, quando as tarefas escolares deram trégua, ele alugou uma casa no Litoral Norte paulista e a família curtiu 12 dias de férias na praia.

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“Eu estava fora da minha estação de trabalho, mas busquei um local adequado, e pronto. As reuniões e comitês funcionaram bem. Uma vez que você se adapta, dá para trabalhar de qualquer lugar”, conclui.

Silvério destaca que o maior contato com sua atividade profissional está sendo muito enriquecedor para a família. “Meus filhos não tinham ideia de como eu executava esse trabalho de lidar com o dinheiro das pessoas. Eles me vêem falando uma hora com a Petrobras, outra com uma empresa de saúde. E passaram a entender como funciona o processo de tomada de decisões, que é discutido com muitas pessoas”, conta.

É claro que, vez ou outra, a esfera familiar pode invadir a corporativa sem pedir licença. Como, por exemplo, quando a filha pequena de Bredda grudou nele no meio de uma reunião “super formal e séria” e não queria saber de ir embora.

“Você finge que não é com você, e os outros que lidem com isso. Dá uma desconjuntada, né, a gente perde o contexto”, diz o gestor da Alaska. “Quebra aquele protocolo sisudo, mas que mal há nisso? Não vou trancar as crianças no quarto”, diz.

O lado ruim da história

Se o home office trouxe mais qualidade de vida e até aumentou a produtividade, o balanço também contabiliza algumas perdas. Henrique Bredda diz que a falta do contato humano ao vivo tira do jogo informações importantes que o interlocutor transmite pela linguagem não verbal.

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“O executivo fala que o trimestre está bom, mas o semblante acusa que não está. Cara a cara, você percebe dúvidas, angústias, percorre o rosto da pessoa com os olhos. Vê se ela ficou vermelha ou com a boca seca com a sua pergunta. No Zoom, a leitura desses sinais se perde”, explica.

Marcelo Giufrida afirma que sua equipe está confortável com o trabalho remoto. Mas confessa que sente falta do contato mais próximo com as pessoas.

“Sem querer parecer conservador, acho que agregar as pessoas é algo necessário. O direcionamento das atividades é muito mais fácil quando se está perto”, opina o CEO da Garde. “Mas sei que há pessoas que preferem trabalhar de casa, independentemente da pandemia, e não estou fechado a escutá-las e rever meus conceitos.”

Como será o amanhã

Cinco meses depois, a experiência do home office ensinou às gestoras que é possível trabalhar de uma maneira diferente. Por enquanto, quem dá as cartas ainda é a pandemia e todos continuam em casa. Mas, mesmo quando puderem sair, talvez não voltem exatamente à configuração de antes.

“A lição que ficou é sobre a adaptabilidade das pessoas. O ser humano é muito adaptável, dos pontos de vista pessoal e corporativo”, diz Silvério. “Para o futuro, não consigo mais enxergar um modelo único de trabalho, nem presencial e nem remoto, e sim um modelo híbrido.”

Giufrida conta que a Garde desenhou não um, mas quatro caminhos possíveis a se tomar. Se houver uma vacina eficiente, a gestora voltará a trabalhar como antes, mas aproveitará o aprendizado para fazer mais reuniões remotas.

Se a disseminação da covid-19 estiver controlada, mas ainda não houver vacina, o escritório sofrerá adaptações, como o maior espaçamento entre os postos de trabalho e a instalação de barreiras de acrílico e tapetes sanitizantes.

Por outro lado, caso não tenha surgido uma solução para a doença, o espaço será transformado para ser uma mistura de centro de treinamento e escritório, com uma área maior para receber pessoas temporariamente e as equipes trabalhando em rodízio.

Já a quarta hipótese é que todos acabem concluindo que será melhor trabalhar de casa mesmo. Nesse caso, o home office se tornará regra geral, e o espaço físico da gestora será usado apenas para grandes reuniões, como convenções.

“De um extremo a outro, são quatro formatações completamente diferentes. A área do escritório pode diminuir, aumentar ou ficar como está. Por isso, vamos aguardar um pouco mais para chegar a um consenso e decidir com segurança. Até porque, por enquanto, nosso desenho atual está funcionando bem”, conclui Giufrida.

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