O dólar se valorizou ante euro e libra, em dia de publicação de uma leitura mais forte que o previsto do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no segundo trimestre. O euro ampliou perdas em meio a declarações da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, após a instituição ter elevado juros, e o iene também esteve em foco, ganhando fôlego após notícia de que o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) poderia fazer um ajuste em parte de sua política monetária.
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No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 138,87 ienes, o euro recuava a US$ 1,0968 e a libra tinha baixa a US$ 1,2783. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,88%, a 101,773 pontos.
O DXY chegou a cair no início do dia, estendendo perdas da sessão anterior. Pela manhã, o BCE elevou seus juros em 25 pontos-base, como esperado, mas o euro ficou sob pressão. Lagarde ressaltou em vários momentos de sua coletiva que não adiantaria a próxima decisão, que poderia ser de alta ou manutenção nos juros, mas também declarou que, neste momento, não considera que novos apertos serão necessários. Após esta declaração, já perto do fim da coletiva, o euro atingiu mínimas diárias.
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Também nesta manhã, a leitura oficial mostrou que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu 2,4% no segundo trimestre, acima da previsão de analistas. Com o indicador, o dólar atingiu máximas no dia. Para o CIBC, o dado enfraquecia a possibilidade de recessão no país, mas o Fed pode elevar os juros em 25 pontos-base diante do quadro forte na atividade. O Citi disse que, por ora, o PIB e a inflação apoiam a possibilidade de um “pouso suave” na economia, mas este banco advertia que a pressão de alta nos preços diante da atividade tende a ser ainda “muito forte”, sobretudo em 2024.
Ainda no noticiário, o jornal Nikkei reportou que o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) deve discutir ajustes no controle da curva de juros. A expectativa de analistas em geral é de manutenção dos juros nesta semana, mas não há consenso sobre eventuais mudanças no controle da curva de retornos dos bônus locais.