O cobre avançou na sessão desta segunda-feira (31) e fecha o mês de julho com ganhos de 7% em Nova York, após a China anunciar novas medidas de estímulos ao consumo, na esteira de índice de preços ao consumidor (PMI, na sigla em inglês) que renovou temores sobre a desaceleração da recuperação da segunda maior economia do planeta.
Leia também
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para setembro avançou 2,05% no dia, a US$ 4,008 por libra-peso. Em todo o mês de julho, o ganho foi de 7,13%. Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do metal para três meses operava em alta de 1,74% por volta de 14h (de Brasília), a US$ 8.826,00. Na variação mensal, houve alta de 6,06%.
Segundo o ANZ Research, “qualquer suporte ao setor imobiliário será visto como positivo para a demanda por cobre e minério de ferro”. Além disso, a empresa acredita que o mercado vai ver a Índia assumir protagonismo como grande consumidor no futuro, pressionando ainda mais a demanda pelo minério.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
O ANZ avalia ainda que “problemas no abastecimento de cobre ressurgiram, e isso está por trás da alta dos últimos dias”, já que as mineradoras do Chile – maior exportador da commodity no mundo – anunciaram uma produção decepcionante na metade inicial de 2023 e a Codelco, grande empresa produtora, diminuiu sua previsão de produção para o resto do ano.
Segundo a Capital Economics, os dados da economia esfriada da China podem puxar o preço do metal para baixo caso não haja incentivos do governo, mas o mercado reagirá a isso prevendo incentivos. Na contramão, o TD Securities prevê que o preço do cobre deve cair muito em breve, com seu indicador de tendências de demanda apontando para uma possível queda na demanda. Segundo a consultoria, o otimismo por novos incentivos é uma reação ocidental à economia pouco produtiva da China, e não um real aumento de demanda dos players locais.
Quanto aos novos incentivos, o TD continua “cauteloso devido aos estoques ainda elevados de produtos acabados para os setores de maquinário e eletrônicos e bens de consumo e automóveis”, o que não significa que a indústria precise aumentar a produção para atender a demanda.
Outros metais negociados na LME sob vencimento de três meses operavam em alta. No horário citado, a tonelada do alumínio subia 2,51%, a US$ 2.283,00; a do chumbo subia 0,12%, a US$ 2.157,50; a do níquel ganhava 0,11%, a US$ 22.325,00; a do estanho operava em estabilidade, a US$ 28.675,00; e a do zinco subia 2,91%, a US$ 2.565,50.
Publicidade